A
Polícia Federal (PF) está investigando indícios de sabotagem de serviços
prestados e sistemas internos do Ministério da Educação. O ministro Abraham
Weintraub anunciou quinta-feira (8/08), em entrevista coletiva, que a pasta tem sofrido
ataques cibernéticos há algumas semanas e que isso tem prejudicado alguns
produtos oferecidos pelo portal na Internet.
“Não
estamos acusando ninguém, mas há indícios fortes de sabotagem que nos levaram a
acionar a Polícia Federal. Não é nosso papel investigar”, explicou Weintraub. Segundo
ele, a população não será prejudicada pelos ataques. “Qualquer serviço que for
suspenso terá prazo ampliado”, assegurou.
O
Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil
(Fies) são os principais afetados pelo problema. Segundo técnicos do
Ministério, os dois serviços estão intermitentes desde a última segunda-feira
(5). Outro produto afetado é o Sistema Presença, utilizado para o pagamento dos
benefícios do Bolsa Família. O MEC ainda detectou prejuízos no funcionamento do
principal sistema de negócios da pasta, conhecido como SiMEC.
De
acordo com a equipe da pasta, técnicos estão trabalhando para reestabelecer
todo o funcionamento o mais rapidamente, mas não há prazo para que os serviços
estejam totalmente normalizados.
Força
de Segurança
Esta
semana foi autorizada a presença do uso da Força Nacional de Segurança Pública
nas imediações do prédio onde funciona o Ministério da Educação – o Bloco L da
Esplanada dos Ministérios – nos dias 7, 12 e 13 de agosto.
De
acordo com o texto publicado no Diário Oficial da União, o prazo do apoio ainda
poderá ser prorrogado se o MEC considerar necessário e apresentar um pedido
oficial.
Em
maio, o mesmo reforço de segurança foi garantido ao ministério para evitar
prejuízos estruturais com os protestos de estudantes pelo fim do
contingenciamento de verbas de universidades públicas. No período, a União
Nacional dos Estudantes (UNE) anunciou manifestações em pelo menos 150 cidades.
(ABr)
Quinta-feira,
08 de agosto, 2019 ás 11:00