Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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31 julho, 2019

Parlamentares governistas dominam as redes sociais, aponta levantamento



Apesar do “recesso branco” e do clima de férias no Congresso, os parlamentares governistas concentraram os esforços nas redes sociais. Governistas lideram o volume de publicações, curtidas, comentários e até interações dos próprios deputados e senadores com seguidores no Facebook, Twitter e Instagram, segundo levantamento do site Diário do Poder sobre a performance online de políticos nos últimos três dias.

O post mais comentado foi da líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), contra críticas da atriz Lucélia Santos sobre o governo.
Carla Zambelli (PSL-SP) fez 115 publicações; é a mais ativa com seu Twitter. Mas entre os dez mais ativos, há quatro deputados do PT.

O líder do governo na Câmara, deputado Delegado Waldir (PSL-GO), foi o quem mais interagiu com seus seguidores: quase 400 vezes.

Marco Feliciano (Pode-SP) lidera entre parlamentares mais seguidos ou curtidos, segundo o levantamento: 4,3 milhões só no perfil do Facebook. (DP)

Quarta-feira, 31 de julho, 2019 ás 00:05



 


29 julho, 2019

Celulares viraram casa da mãe joana



Mas o fato é que os celulares de muitas autoridades públicas brasileiras viraram uma espécie de casa da mãe joana. Em outras palavras, devido ao descaso absoluto com medidas básicas de segurança, muitas das informações desses aparelhos se tornaram totalmente vulneráveis.

Os fatos divulgados na semana passada sobre a invasão do celular do ministro Sergio Moro e outras autoridades do primeiro escalão podem indicar que o buraco é muito mais profundo.

A técnica empregada pelos "hackers" da cidade de Araraquara na verdade não requer nenhum conhecimento profundo em tecnologia para ser utilizada. Ao contrário, o procedimento é tão rudimentar e simples que há inúmeros vídeos na internet ensinando como fazer a mesma coisa que os golpistas que vazaram os dados da Lava Jato fizeram (boa parte desses vídeos tem menos de um minuto e meio de duração).

Ou seja, não é preciso ser hacker com conhecimentos técnicos para executar a modalidade de vazamento que aparentemente afetou centenas de pessoas públicas no país.

Dado o caráter rudimentar do golpe, é possível conjecturar que potencialmente inúmeros aventureiros —talvez centenas— possam ter resolvido brincar de hacker, experimentando para ver se conseguiriam obter informações de pessoas politicamente expostas.

É como se os celulares dessas autoridades tivessem se tornado lugares públicos, acessíveis a qualquer pessoa com a paciência de assistir a um vídeo de um minuto e meio e que obtenha o número de telefone de alguma autoridade pública (porque, assim que ela for hackeada, dará acesso também à sua lista completa de contatos para o golpista).

Então qual foi a falha? Como sempre, em casos como esse, o problema acontece em múltiplos pontos. O primeiro é o uso do aplicativo Telegram, que já foi apontado por instituições como a Electronic Frontier Foundation como tendo vários pontos vulneráveis.

Outro problema é não ter acionado o segundo fator de autenticação do aplicativo, dando-se por satisfeito em utilizar apenas o número do telefone.

Outra vulnerabilidade está no fato de que as caixas de mensagens de voz dos celulares, em regra, podem ser acessadas automaticamente quando recebem uma ligação do próprio número da linha. Como o caso da semana passada demonstrou, fazer spoofing ("simular") um número de telefone é prática trivial hoje.

Mas um dos pontos cruciais é o fato de que não há política de cibersegurança implementada na administração pública brasileira.

Quem lida com questões de segurança nacional (ou mesmo de interesse público) no primeiro escalão não deveria ter a opção de usar seu telefone comum, cheio de aplicativos comerciais com graus incertos de segurança. É o que acontece nos EUA, onde o presidente (e o primeiro escalão) passa a utilizar aparelhos especiais fornecidos pelas autoridades de segurança institucional, com exceção de Trump, que não topou todas as medidas.

Talvez a visibilidade que esse tema ganhou possa levar ao amadurecimento da cibe segurança na administração pública do país. Esse amadurecimento é tardio. Mas, se a lição da semana passada não foi suficiente, difícil dizer o que será. (FOLHA DE SP)

Segunda-feira, 29 de julho, 2019 ás 11:00

28 julho, 2019

Presidente volta a defender proposta sobre deportação sumária


O presidente Jair Bolsonaro defendeu sábado (27/07) a proposta do Ministério da Justiça que prevê deportação sumária para suspeitos de alguns crimes.

Ele negou, entretanto, que a portaria ministerial tenha o objetivo de atingir o jornalista americano Glenn Greenwald, cujo site tem divulgado supostas conversas do ministro Sergio Moro, da Justiça, com procuradores da Operação Lava Jato.

“Tanto é que não se encaixa na portaria o crime que ele está cometendo. Até porque ele é casado com outro homem [deputado federal David Miranda, que é brasileiro] e tem meninos adotados no Brasil. Ele não vai embora, o Glenn pode ficar tranquilo. Talvez ele pegue uma cana aqui no Brasil. Não vai pegar lá fora, não”, disse durante cerimônia de formatura de paraquedistas no Rio de Janeiro.

Bolsonaro afirmou que suspeitos de crime têm que ser “mandados para fora do Brasil”. “Eu não sou xenófobo, mas na minha casa, entra quem eu quero. E a minha casa, no momento, é o Brasil”.

Novos dados sobre desmatamento

Ainda no Rio, Bolsonaro afirmou neste sábado que deve divulgar, na próxima semana, novos dados sobre desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O presidente mostrou recentemente insatisfação com informações da instituição que mostram aumento da área desmatada no país.

“Já está tudo levantado. Está nas mãos do Marcos Pontes [ministro da Ciência e Tecnologia] e do Ricardo Salles [ministro do Meio Ambiente] a divulgação desses dados, talvez na quarta-feira agora”, observou.

O presidente da República voltou a defender a exploração econômica da Amazônia e de outras áreas protegidas, como o litoral de Angra dos Reis. “Não podemos tratar o meio ambiente como uma psicose ambiental”, afirmou. (ABr)

Domingo, 28 de julho, 2019 ás 00:05