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“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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01 julho, 2018

Nos pênaltis, Rússia bate Espanha e segue em chave com menos campeões


Por essa nem Vladimir Putin esperava. A Rússia surpreendeu a Espanha, eliminou a campeã de 2010 e jogará as quartas de final da Copa do Mundo em casa, a melhor campanha de sua história.

A vitória veio na primeira disputa de pênaltis deste Mundial. Os russos anotaram os quatro chutes que fizeram, e o goleiro Igor Akinfeev pegou as cobranças de Koke e Iago Aspas para fechar o placar das penalidades em 4 a 3.

Era 19h41 (12h41 em Brasília) quando o atacante espanhol teve seu chute espalmado, e o Estádio Lujniki veio abaixo como se o título mundial tivesse sido conquistado.

Akinfeev, 32, consagrou-se, após ter sido duramente criticado no Brasil em 2014, quando falhou em um jogo crucial contra a Coreia do Sul.

Já a equipe de Andrés Iniesta foi o terceiro time com título mundial a voltar para casa mais cedo nesta Mundial.

O resultado coloca em xeque o envelhecimento de uma geração brilhante de espanhóis -quatro jogadores em campo neste domingo (1º) jogaram a final de 2010.

Foi o segundo fracasso seguido em Copas. No Brasil, os espanhóis foram humilhados e caíram na primeira fase.

Na Rússia, mantiveram o estilo de jogo até o fim, com 75% de posse de bola e deu 1.107 passes contra 279, 90% deles precisos Mas não foi o suficiente para se impor sobre a retranca montada pelos pelo técnico Stanislav Tchertchesov.

Acabaram punidos pela inapetência de gols. Seu único centroavante nato, Diego Costa, nada fez e acabou substituído por Aspas no fim do segundo tempo.

Do outro lado, os russos fizeram sua parte. A torcida empurrou incessantemente o time ao longo do jogo, mesmo nos lances em que sua limitação técnica ficava evidente.

Agora nas quartas de final, o time tem a melhor campanha desde que joga como Rússia. Os soviéticos que os antecederam como time até 1990 chegaram a ser semifinalistas em 1966, mas o formato da competição era outro.

O time chegou à Copa como o pior do ranking da Fifa na disputa, e o próprio Putin lamentou que só poderia torcer pelo bom desempenho da organização do Mundial.

Tchertchesov, ciente do perigo à frente, recuou um zagueiro e jogou um 5-3-2 ancorado em contra-ataques.

Deixou o goleador do time, Tcherishev, no banco -assim como a Espanha deixou Iniesta.
O recurso deu certo até que, uma subida de Nacho pela direita, Jirkov derrubou o espanhol. Assim como no confronto da primeira fase contra o Uruguai, os russos foram pegos numa jogada ensaiada.

Ela mirava Sergio Ramos, mas Ignashevitch cortou e mandou para a própria meta. Foi o gol contra feito pelo jogador mais velho na história das Copas -ele tem quase 39 anos.
A jogada foi tão atrapalhada que a Fifa levou três minutos para confirmar a autoria do gol, aos 11min.

Após duas boas chegadas na área espanhola, o atacante Dziuba cabeceou e teve a bola interceptada pela mão de Piqué.

O pênalti colocou o Lujniki abaixo, e o mesmo Dziuba bateu com força aos 40min. De Gea tomou o sexto gol em sete chutes contra sua meta, a pior defesa dos times então na competição.

Os gritos de “Rossia” eram ensurdecedores. Dziuba comemorou batendo continência a Tchertchenov, uma referência ao primeiro jogo da Copa, quando saiu do banco para fazer um gol contra a Arábia Saudita, cobrando então sua permanência ao técnico -que o saudou em obediência.

No segundo tempo, a Espanha voltou algo melhor, mas sem objetividade.
Aos 15min, o craque Tcherishev entrou em campo, e foi ovacionado. Seis minutos depois, foi a vez da Espanha colocar em campo seu maior nome, Iniesta.

O time espanhol manteve seu ritmo, sem encontrar o caminho do gol. A Rússia nem tampouco ameaçava com perigo De Gea.

A dez minutos do final do primeiro tempo, o ritmo intensificou-se e os espanhóis quase marcaram com dois chutes seguidos de Iniesta e Aspas, pegos por Akinfeev.

O jogo chegou ao fim e, mesmo com quatro minutos de acréscimos, não viu um vencedor.
A primeira prorrogação da Copa, sob um calor de 26 graus, começou no mesmo ritmo, com a Rússia retraída num 5-4-1.

Nada notável aconteceu no primeiro tempo extra, e no segundo ficou claro que os russos já estavam de olho nos pênaltis.

A grande chance ocorreu para a Espanha aos 3min. Rodrigo avançou pela direita e chutou cruzado, obrigando grande defesa de Akinfeev. O rebote foi pego por Carvajal, que chutou em cima da zaga.

O veterano goleiro e capitão russo, 14 anos na seleção, foi o esteio do time na prorrogação.

Para complicar as coisas, aos 10min começou a chover bastante, deixando a bola escorregadia. O telão anunciava o minuto de acréscimo quando Akinfeev caiu para uma última defesa.

Os pênaltis foram todos batidos com eficácia pelos russos, deixando a pecha de vilões para Koke e Aspas.

​A Rússia agora pegará o vencedor do confronto entre Croácia e Dinamarca.

ESPANHA
De Gea; Nacho (Carvajal), Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Busquets; Asensio (Rodrigo), Koke, David Silva (Iniesta) e Isco; Diego Costa (Aspas).
T.: Fernando Hierro
RÚSSIA
Akinfeev; Mário Fernandes, Kutepov, Ignashevich, Kudryashov e Zhirkov (Granat); Samedov (Cheryshev), Kuzyayev (Erokhin), Zobnin e Golovin; Dzyuba (Smolov).
T.: Stanislav Cherchesov

Árbitro: Bjorn Kuipers (Holanda)
Assistentes: Sander van Roekel e Erwin Zeinstra (Holanda)
Cartões amarelos: Piqué (Espanha); Kutepov e Zobnin (Rússia)
Gols: Ignashevich (contra), aos 11 minutos do primeiro tempo, e Dzyuba (Rússia), aos 40 minutos do primeiro tempo.


Domingo, 1º de julho, 2018 ás 15:30

Espanha coloca favoritismo e defesa à prova contra Rússia, domingo



Dona de uma escola em que a posse de bola é primordial, a Espanha chegou à Copa com apenas três gols tomados em 3 dos 10 jogos que disputou nas eliminatórias.

Apenas a Inglaterra, bastião da retranca sem exatamente o refinamento espanhol, teve desempenho igual.

Em solo russo, tudo mudou. Nos três jogos da primeira fase, o time campeão de 2010 é o mais vazado entre os 16 que chegaram às oitavas de final ao lado da Argentina, com cinco gols sofridos.

Três deles têm a assinatura de Cristiano Ronaldo, o atacante português que brilhou no empate por 3 a 3 da estreia. Dois foram marcados por Marrocos, e apenas o Irã não deixou o seu.

“Esse não é o caminho”, disse Fernando Hierro, o técnico que assumiu o time na véspera do Mundial. Ele sabe o que fala: foi zagueiro da seleção de seu país em 89 jogos e participou de quatro Copas.

Neste domingo (1º), às 11h, pelas oitavas de final, a Espanha terá pela frente em Moscou a Rússia, dona do segundo melhor ataque, com oito gols anotados. Tcherichev, com três, e Dziuba, com dois, aparecem como as principais ameaças à meta espanhola.

“Temos de ser mais sólidos, e já não há mais margens de erro. Qualquer um pode deixar você fora. Precisamos ser contundentes e sérios. A Rússia vem jogando um futebol de alto nível”, afirmou o zagueiro Sergio Ramos.

Ele falou após o jogo contra Marrocos, no qual o empate por 2 a 2 acabou sendo o suficiente para avançar na primeira colocação do grupo.

O histórico dá argumentos para Ramos falar em solidez defensiva. Além do desempenho nas eliminatórias, ele estava ao lado de seu atual parceiro, Gerard Piqué, na campanha campeã do mundo de 2010, na África do Sul.

Lá, a Espanha levou apenas dois gols durante todo o torneio. No mata-mata, passou em branco. Foram quatro vitórias seguidas por 1 a 0 até chegar ao título contra a Holanda, na prorrogação.

A média de gols sofridos foi de apenas 0,3 por jogo, a melhor entre todos os campeões mundiais na história.

Em 20 edições de Copa já realizadas, apenas em 4 um vencedor levou mais de um gol por jogo. Os espanhóis, atualmente, têm média de 1,6.

“O mais importante para ganhar um Mundial é transmitir solidez defensiva. A partir daí o resto do time se sente mais confortável para ir fazendo gols que garantem o avanço de fase. Foi o que nos aconteceu na África do Sul”, disse Piqué, após o jogo contra o Irã.

Os gols tomados pela Espanha também não podem ser creditados apenas à defesa e erros cometidos. O goleiro David de Gea está longe de uma fase brilhante.

Segundo as estatísticas da Fifa, das seis bolas que foram em direção ao seu gol, cinco foram parar na rede. Isso o deixa com o pior aproveitamento entre os 40 goleiros que entraram em campo nesta Copa. Defendeu somente 16,7% dos chutes contra sua meta.
Apesar disso, não há nenhuma chance de mudança na posição. Hierro deverá, contudo, sacar Thiago Alcántara e mandar a campo Koke. Outra mudança no meio de campo pode ser a entrada de Asensio no lugar de David Silva.

ESPANHA
De Gea; Carvajal, Piqué, Sergio Ramos, Alba; Busquets, Koke, Isco, Iniesta, David Silva (Asensio); Diego Costa. T.: Fernando Hierro
RÚSSIA
Akinfeev; Mario Fernandes, Kutepov, Ignashevich, Zhirkov; Zobnin, Gazinskiy, Samedov, Golovin, Cheryshev; Dzyuba. T.: Stanislav Cherchesov

Estádio: Lujniki, em Moscou
Horário: 11h deste domingo
Juiz: Bjorn Kuipers (HOL)


Domingo, 1º de julho, 2018 ás 00:05

30 junho, 2018

Uruguai vence Portugal e está nas quartas de final da Copa do Mundo


O técnico uruguaio Óscar Tabárez afirmou na véspera da partida com Portugal que sua seleção vivia o melhor momento dos últimos 12 anos e que era hora de a equipe celeste recuperar o seu protagonismo. Ao seu lado, o atacante Luis Suárez balançou a cabeça positivamente e, depois, disse que o jogo deste sábado ficaria marcado. Pois quis a história que os bicampeões mundiais derrotassem os atuais campeões europeus por 2 a 1 com gols de Cavani, em Sochi, e avançassem para as quartas de final da Copa do Mundo da Rússia. Agora, o Uruguai vai buscar uma vaga entre os quatro melhores diante da França.

Foi um jogo em que a seleção portuguesa teve mais presença ofensiva, e a uruguaia, mais presença de espírito. Porque o Uruguai soube explorar bem os seus contragolpes e manteve durante todo o jogo a sua principal característica nesta Copa, a de fechar os espaços na defesa, impedindo os avanços de Cristiano Ronaldo.

O craque português até teve duas boas chances no primeiro tempo. A primeira, aos 5, em chute quase frontal que parou nas mãos de Muslera. Mais tarde, em cobrança de falta a uma distância em que está acostumado a mandar a bola na rede, mas que dessa vez parou na barreira.

Depois disso, Cristiano Ronaldo foi empurrado pelo trio defensivo formado por Giménez, Godín e Cáceres para os lados de campo. Assim, o único jogador diferenciado da esquadra portuguesa ficou muito longe da meta adversária e dos companheiros. Afastado do melhor do mundo, o atacante Gonçalo Guedes foi figura nula. Andre Silva, que entrou em seu lugar na etapa final, também.

O que pesou a favor do Uruguai foi justamente o seu ataque, formado por dois jogadores acima da média. É verdade que Suárez às vezes exagera – neste sábado, ele se atirou duas vezes no campo levando as mãos à nuca quando de fato foi atingido nas costas -, mas também é verdade que, com a bola nos pés, sabe fazer a diferença. De quebra, tem ao seu lado na equipe celeste um atacante de área que não perdoa.

Partiu de uma trama da dupla o gol que abriu a contagem. Aos sete minutos, Cavani inverteu o jogo da direita para a esquerda e Suárez, em bonita jogada individual, arrumou espaço para cruzar no segundo pau para o gol do companheiro.

Com Cristiano Ronaldo empurrado para os flancos e sem conseguir trabalhar a bola pelo meio, Portugal passou todo o segundo tempo jogando na base do abafa e dos cruzamentos para a área. O time até chegou ao empate, em cabeceada de Pepe após cobrança de escanteio aos nove. Mas a tática de passar 50 minutos cruzando a bola pelo alto era apenas fortuita. Não havia quem pudesse mandar a bola para dentro.

Pelo lado do Uruguai, havia. E ele se chamava Edinson Cavani. Aos 16, o atacante recebeu passe na meia esquerda, enquadrou o corpo e bateu de primeira no canto oposto, em curva, marcando um golaço e sacramentando a classificação uruguaia.

FICHA TÉCNICA

URUGUAI 2 X 1 PORTUGAL

URUGUAI – Muslera; Giménez, Godín e Cáceres; Laxalt, Nandez(Carlos Sanchez), Torreira, Bentancur (Cristian Rodriguez) e Vecino; Suárez e Cavani (Stuani). Técnico: Óscar Tabárez.

PORTUGAL – Rui Patrício; Ricardo Pereira, Pepe, Fonte e Guerreiro; William Carvalho, Adrien Silva (Quaresma), João Mário (Manuel Fernandes) e Bernardo Silva; Cristiano Ronaldo e Gonçalo Guedes (Andre Silva). Técnico: – Fernando Santos.

GOLS – Cavani, aos 7 minutos do primeiro tempo. Pepe, aos 9, e Cavani, aos 16 do segundo tempo.

ÁRBITRO – César Ramos (Fifa/México).

CARTÃO AMARELO – Cristiano Ronaldo.

PÚBLICO – 44.287 torcedores.

LOCAL – Fisht Stadium, em Sochi.

(Estadão Conteúdo)


Sexta-feira, 29 de junho, 2018 ás 18:00

Contra o Brasil, México quer acabar com ‘maldição das oitavas’


SOCHI – A seleção mexicana venceu a última campeã Alemanha na estreia e quer surpreender novamente uma potência nesta Copa do Mundo. Para Isso, terá de vencer não apenas o pentacampeão Brasil, mas uma incômoda sina: a de sempre cair nas oitavas de final. O jogo acontece em Samara, na próxima segunda-feira, às 11 horas de Brasília.

Tabela completa de jogos da Copa do Mundo de 2018

A “maldição das oitavas” persegue a seleção mexicana há seis Mundiais. O zagueiro Rafa Marques, de 39 anos, participou das quatro últimas e segue no time, atualmente dirigido por Juan Carlos Osorio, ex-técnico do São Paulo.
A mais recente frustração mexicana teve sabor de injustiça há quatro anos. Após boa primeira fase, na qual parou o próprio Brasil em empate em 0 a 0 na primeira fase, o México caiu nas oitavas de final diante da Holanda por 2 a 1, com dois gols nos minutos finais do jogo. O último, de Huntelaar, saiu de um pênalti bastante controverso no craque Arjen Robben, famoso por sua habilidade – e também por valorizar faltas.
Nos Mundiais de 2010 e 2016, o carrasco do México foi a Argentina. Na África do Sul, os argentinos venceram por 3 a 1. Quatro anos antes, mais uma derrota dolorosa para os aztecas, por 2 a 1, com um golaço de Maxi Rodríguez na prorrogação, quando o jogo se encaminhava para os pênaltis.

Em 2002, o roteiro foi semelhante. A seleção tricolor realizou boa primeira fase, com direito a um empate contra a Itália. Mas parou nas oitavas de final diante do rival Estados Unidos por 2 a 0 . Em 1998, o México caiu na mesma fase diante da Alemanha, por 2 a 1, e em 1994 perdeu nos pênaltis para a Bulgária.

‘Freguês’ do Brasil

O retrospecto direto também é favorável ao Brasil. Em quatro partidas em Copas do Mundo, o Brasil venceu três (4 a 0 em 1950, 5 a 0 em 1954 e 2 a 0 em 1962) e empatou uma (0 a 0, em 2014). No histórico geral, contando amistosos, o Brasil soma 23 vitórias, sete empates e dez derrotas para o México, a mais recordada delas na final da Copa das Confederações de 1999, na Cidade do México, além da final das Olimpíadas de 2012, que não entra na conta.

As melhores participações mexicanas em Copas aconteceram nos Mundiais Copas em casa, em 1970 e 1986, quando o time alcançou as quartas de final. (VEJA)

Sexta-feira, 29 de junho, 2018 ás 10:00


29 junho, 2018

Fifa libera áudio do VAR no gol da Suíça contra o Brasil: ‘Contato leve’


Em coletiva realizada nesta sexta-feira, o chefe dos árbitros da Fifa e da Uefa, Pierluigi Collina, comentou o lance gol da Suíça, marcado por Zuber, na partida de estreia contra a seleção brasileira, que terminou empatada em 1 a 1. Os brasileiros reclamaram de um empurrão do meio-campista no zagueiro Miranda.

O lance foi analisado pelo VAR – Video Assistant Referee, que em tradução livre significa árbitro assistente de vídeo – que considerou o contato leve e não faltoso. “Os árbitros falam entre si que há um contato leve. Os jogadores só reclamam após o lance no telão em câmera lenta. Houve checagem, houve avaliação, houve comunicação, e não foi marcada falta porque não houve a percepção de que havia erro claro”, explicou Collina.

“Contato por si só não significa falta. Em outros esportes pode ser. Não no futebol. [No momento do gol da Suíça] não há uma reação imediata”, continuou. “Foi pedido o áudio do VAR, e sentimos que durante a competição não valia a pena. Agora, em um momento mais neutro, decidimos mostrar agora o que aconteceu naquele momento. Busacca e eu lembramos que as decisões podem ser interpretativas”, completou, citando Massimo Busacca, outro dos chefes de arbitragem da Fifa.

Segundo a entidade, durante os 48 jogos da Copa do Mundo, o árbitro de vídeo checou um total de 335 lances, o que representa uma média de 6,9 utilizações por partida. Ainda segundo os dados divulgados pelo italiano, a arbitragem da Copa acertaria 95% dos lances sem a ajuda do VAR, que fez este índice aumentar para 99,3%. (VEJA)


Sexta-feira, 29 de junho, 2018 ás 19:00

Argentina e França, duelo de favoritos que provocam dúvidas nas oitavas de final


A Argentina de Lionel Messi contra a França de Antoine Griezmann, Kylian Mbappé e Paul Pogba: alvicelestes e ‘bleus’, duas seleções favoritas ao título se enfrentam pelas oitavas de final da Copa do Mundo, sábado em Kazan, depois de uma fase de grupos que gerou mais dúvidas que certezas.

A França, finalista da Eurocopa-2016, avançou como primeira colocada no Grupo C, mas seu estilo de jogo pouco atrativo, em um elenco repleto de talentos, não deixou os torcedores satisfeitos.

Agora enfrentará a Argentina de Messi, que renasceu contra a Nigéria, na última rodada do Grupo D, com uma vitória de 2-1 e um gol nos últimos minutos que elevou o espírito, a ilusão e a confiança de um time até então desacreditado.

“A França é um grande rival, com grandes jogadores. Temos respeito, mas nos sentimos muito bem. Acredito que depois da vitória contra a Nigéria nos sentimos muito mais fortes e com confiança. Sabemos que temos uma grande seleção, com grandes jogadores e com confiança somos uma grande equipe”, afirmou Federico Fazio.

Após um início complicado, com um empate de 1-1 contra a Islândia na estreia e uma derrota de 3-0 para a Croácia na segunda rodada, a Argentina venceu a Nigéria por 2-1, com direito a um gol de Messi, conseguiu a vaga nas oitavas e a torcida espera um novo começo na fase eliminatória, com o título e um final feliz.

O meia Enzo Pérez treinou nesta sexta-feira, depois de ser poupado na véspera, e o técnico Jorge Sampaoli, muito criticado em seu país, deve repetir a escalação que venceu a Nigéria, com Franco Armani no gol, Éver Banega e Pérez ao lado de Javier Mascherano no meio e com Di María e Higuaín como companheiros de Messi no ataque.

Armani treinou pênaltis nesta sexta-feira, como preparação para uma eventual definição após uma prorrogação.

– Parar Messi –

A França empatou em 0-0 com a Dinamarca na terceira rodada do Grupo C e, desde então, está obcecada com uma coisa: como parar Messi.

Em um Mundial apagado para Ángel Di María e Gonzalo Higuaín até o momento, as esperanças argentinas estão nos pés de “La Pulga”. E os franceses querem fazer o possível para evitar tal situação.

“Não acredito que exista ninguém na Terra que possa encontrar um remédio para parar Messi. Será algo mais coletivo”, resumiu o zagueiro Presnel Kimpembe, companheiro no Paris Saint-Germain do argentino Giovani Lo Celso.

Para Samuel Umtiti, colega time do craque argentino no Barcelona, Messi “tem um toque técnico que ninguém mais tem”.

– Uma final nas oitavas –

Dois campeões mundiais, frente a frente, nas oitavas de final. Dois favoritos antes do início da Copa, mas que provocam dúvidas com suas atuações e poucos gols. O vencedor do confronto enfrentará nas quartas de final a seleção classificada do duelo entre Portugal e Uruguai.

“Enfrentamos um grande rival, uma grande seleção, que vem invicta da fase de grupos. Mas sabemos que somos uma seleção importante, que temos nossas armas e acredito que vai ser uma grande partida”, disse Lo Celso, companheiro no PSG de Kylian Mbappé, Kimpembe e Alphonse Aréola.

Pogba, jogador do Manchester United e um dos craques da seleção francesa, falou sobre a motivação para a partida.

“Claro que queremos derrotá-los, queremos passar, mas também queremos acabar com as dúvidas que muitas pessoas têm sobre a nossa equipe, de que a seleção da França não vai passar contra a grande equipe da Argentina. Vamos ver, é um bom teste para o nosso time.

Prováveis escalações:

Argentina: Franco Armani; Gabriel Mercado, Nicolás Otamendi, Marcos Rojo, Nicolás Tagliafico; Javier Mascherano, Enzo Pérez, Éver Banega; Ángel Di María, Gonzalo Higuaín e Lionel Messi. DT: Jorge Sampaoli.

França: Hugo Lloris; Benjamin Pavard, Raphael Varane, Samuel Umtiti, Lucas Hernández; N’Golo Kanté, Paul Pogba, Blaise Matuidi; Antoine Griezmann, Kylian Mbappé e Olivier Giroud. DT: Didier Deschamps.

Árbitro: Alireza Faghani (IRI)
(AFP)


Sexta-feira, 29 de junho, 2018 ás 10:00

28 junho, 2018

Após 40 anos, Tunísia volta a vencer em Copa do Mundo; Senegal cai


Os grupos G e H encerraram hoje (28) a primeira fase da Copa do Mundo. Como Inglaterra e Bélgica, pelo Grupo G, já entraram em campo classificadas, as únicas vagas em aberto estavam no Grupo H. Colômbia, Senegal e Japão disputavam duas vagas. E os africanos, com o melhor futebol entre as seleções do continente, acabaram dando adeus à Copa. O Japão, com menor número de faltas que Senegal, avançou para as oitavas de final e a seleção africana deixou a competição..

Por determinação da Fifa, na última rodada, os jogos de cada grupo, foram disputados no mesmo horário. Com isso, houve partidas mornas, que chegaram a lembrar amistosos. Comunicadas dos resultados dos jogos simultâneos, algumas seleções jogaram acomodadas. Nesta quinta-feira, um exemplo foi o final da partida entre Japão e Polônia.

Japão 0 x 1 Polônia

Colômbia 1 x 0 Senegal

Mesmo eliminada antecipadamente, a Polônia venceu seu último jogo na Copa da Rússia: os japoneses não conseguiram segurar o empate. Na outra partida do grupo, a Colômbia venceu o Senegal.

Com esses resultados, Japão e Senegal empatavam em tudo na classificação. Tinham o mesmo número de pontos, saldo de gols, gols marcados e haviam empatado no confronto direto. Os japoneses, porém, tinham dois cartões amarelos a menos que os senegaleses. Com isso, o Japão, a equipe mais disciplinada, passou às oitavas de final e o Senegal deixou a competição.

Nos últimos minutos de Japão e Polônia, os asiáticos prenderam a bola, que foram tocando deliberadamente para o lado sem objetividade, para "gastar" o tempo, uma vez que a derrota apenas por 1 x 0 os classificava. A equipe polonesa também desistiu de pressionar o adversário, e os últimos quatro minutos de jogo foram de pouco futebol e muitas vaias.

Na partida contra a Colômbia, Senegal jogou melhor no primeiro tempo, e a seleção africana parecia satisfeita com o empate, que a classificaria, sem fazer pressão sobre a Colômbia. No entanto, uma cabeçada certeira do zagueiro Mina levou a Colômbia às oitavas de final. Após o gol sofrido, Senegal buscou mais o ataque, mas não chegou ao gol.

Inglaterra 0 x 1 Bélgica

Tunísia 2 x 1 Panamá

O jogo entre belgas e ingleses valia a primeira colocação no grupo. Empatados com seis pontos em dois jogos, a Inglaterra tinha a vantagem do empate por ter um cartão amarelo a menos que a Bélgica. Os dois técnicos, porém, pareciam pouco preocupados em fechar a primeira fase na liderança do Grupo G, tanto que escalaram os times quase totalmente com reservas.

Apesar do clima completamente amistoso, a Bélgica venceu com um bonito gol de Januzaj em um chute no ângulo do goleiro Pickford.

A partida entre Panamá e Tunísia foi mais disputada e interessante do que a das seleções europeias, já classificadas. As duas equipes entraram em campo em busca de vitórias históricas para seus países. Os panamenhos abriram o placar e sentiram por alguns minutos o gosto de vencer um jogo de Copa do Mundo. Quem atingiu a meta foi a Tunísia, que voltou a vencer uma partida em um Mundial após 40 anos. A Tunísia só havia vencido um jogo, contra o México, na Copa de 1978. (ABr)


Terça-feira, 26 de junho, 2018 ás 19:00

27 junho, 2018

Brasil vence Sérvia por 2 a 0 e vai às oitavas de final


Em sua melhor atuação na Copa, até agora, a seleção brasileira venceu a Sérvia por 2 x 0 em Moscou. Com a vantagem do empate para se classificar, o Brasil teve paciência para tocar a bola, arriscar pouco e não ceder contra-ataques ao adversário. A defesa brasileira saiu-se bem contra os atacantes sérvios que, embora mais altos e fortes, tiveram poucas chances de gol.
Foi uma vitória sem sustos, em que o “jogo seguro” prevaleceu sobre o “jogo bonito”. Com gols de Paulinho e Thiago Silva, o Brasil soube se defender bem e aproveitar as falhas da defesa sérvia.

Na entrevista após a partida, Thiago Silva afirmou que a seleção teve paciência e aplicação durante o jogo e “soube sofrer”.

“Desde o primeiro jogo até aqui, tivemos dificuldades em alguns momentos. O mais importante foi que a equipe soube sofrer. O outro lado também tem qualidades.” O Brasil não foi para cima da Sérvia, buscando o gol o mais rápido possível, como alguns poderiam esperar. Neymar usou pouco seu repertório de dribles e fez um jogo mais voltado para o coletivo.

O jogo

Aos 7 minutos do primeiro tempo, o lateral Marcelo sentiu uma lesão e pediu para ser substituído. O lateral é um dos líderes do time em campo e lamentou muito a saída precoce do jogo. Com Felipe Luís em seu lugar, o Brasil continuou jogando muito pelo lado esquerdo. Neymar jogava próximo do lateral substituto, trocando muitos passes.

A seleção abusou dos passes para o lado e inversões de jogo. Com o empate a seu favor, a seleção esperava a marcação sérvia abrir espaços naturalmente. Enquanto isso não acontecia, o Brasil trocava passes pacientemente de um lado para o outro. Essa postura da seleção chegou a irritar a torcida, que, em alguns momentos, vaiou a falta de objetividade do time. No primeiro tempo, foram 255 passes do time brasileiro contra 138 dos sérvios.

A Sérvia apostava em jogadas pelo alto com os atacantes aproveitando a vantagem da boa estatur para escorar bolas para os que vinham de trás. Entretanto, eles erraram muitos passes, principalmente na entrada da área brasileira. As jogadas mais perigosas do time europeu eram em cobranças de escanteio, mas o goleiro Alisson neutralizava as bolas aéreas com um soco.

Aos 24 minutos, finalmente o Brasil chegou com perigo à área. Neymar entrou tabelando com Gabriel Jesus e bateu cruzado, mas Stojkovic fez a defesa. Aos 29 minutos, outra boa chance: Neymar aproveitou que a defesa da Sérvia estava adiantada e deu um bom passe para Gabriel Jesus. Sem impedimento no lance, este entrou na área e bateu para o gol, mas a defesa cortou para escanteio.

Aos 35 minutos, o Brasil abriu o placar. Philippe Coutinho recebeu na intermediária do ataque e viu Paulinho entrando pela defesa com velocidade. Coutinho fez um bom passe por cima e encontrou o volante brasileiro, que deu um toque sutil na saída do goleiro. O gol foi no melhor estilo da seleção que Tite comandou nas eliminatórias, com Paulinho participando do ataque como elemento surpresa.

Após o gol, a Sérvia tentou ter mais posse de bola, enquanto o Brasil continuou trocando passes de um lado para o outro, com calma.

Segundo tempo

Aos 10 minutos, a Sérvia assustou a defesa brasileira. O jogador de número  22 cruzou na área e Miranda afastou com um chute para trás, por cima do próprio gol.

Na cobrança de escanteio, o Brasil conseguiu roubar a bola e sair em velocidade no contra-ataque. Coutinho tocou para Neymar, que entrou na área e chutou, mas o goleiro defendeu. Foi uma das poucas jogadas de contra-ataque em velocidade do Brasil no jogo.

Aos 15 minutos, quase o empate sérvio. Após cruzamento à meia altura na área, o goleiro Alisson socou mal a bola, em cima de Mitrovic. A bola bateu no centroavante e só não entrou porque Thiago Silva salvou. O lance animou a Sérvia, que começou a chegar com perigo na área pela primeira vez com consistência. Aos 19 minutos, Mitrovic aproveitou um bom cruzamento pela direita e cabeceou firme, mas no meio do gol. Alisson defendeu com tranquilidade.

Quando a torcida sérvia se animava nas arquibancadas, o Brasil marcou o segundo gol. E na especialidade do adversário. Em cobrança de escanteio, Miranda neutralizou o marcador e Thiago Silva subiu para ampliar. O segundo gol deu mais tranquilidade aos brasileiros e deixou o time sérvio mais desajustado na defesa. Com isso, ofereceu mais espaços para o toque de bola brasileiro, que continuava paciente. Nos últimos minutos, com a Sérvia já abatida em campo, o Brasil teve chance de ampliar o placar duas vezes, ambas com Neymar, mas o camisa 10 parou no goleiro Stojkovic.

Oitavas de final

Com a vítória de hoje e o empate entre Costa Rica e Suíça, o Brasil termina a fase de grupos em primeiro lugar e enfrenta o México nas oitavas de final. A partida entre brasileiros e mexicanos será na próxima segunda-feira (2), às 11h, em Samara.

Primeira colocada no F, a Suécia enfrentará a Suíça, segunda colocada no Grupo E, do Brasil, também no sábado. O jogo será às 11h, em São Petersburgo. (ABr)


Terça-feira, 26 de junho, 2018 ás 17:40

Brasil tem jogo decisivo nesta quarta e pode enfrentar a Alemanha nas oitavas


Um a um, os grupos da Copa do Mundo vão se definindo. Esta semana, oito seleções já garantiram a permanência no Mundial e oito voltaram para casa.

Com os grupos A, B, C e D definidos, chegou a hora de os grupos E, o do Brasil, e F, da Alemanha. Nenhuma das duas seleções está garantida nas oitavas de final e há grande chance de que se encontrem na próxima fase, caso se classifiquem.

O Brasil joga às 15h desta quarta (27/6) contra a Sérvia. Um empate já garante a classificação, ainda que em segundo lugar. Brasil e Suíça lideram o grupo, com 4 pontos cada. Para os sérvios, só a vitória interessa.

Os times do grupo do Brasil jogarão às 15h já sabendo quem será o primeiro e o segundo colocados do grupo F e como serão os cruzamentos das oitavas, caso passem.

O primeiro colocado de um grupo enfrenta o segundo de outro. Assim, o Brasil e a Alemanha, confirmando suas classificações, só não se enfrentam se ambos passarem em primeiro ou em segundo em seus grupos.

Alemanha x Coreia do Sul – 11h – Kazan

México x Suécia – 11h – Ecaterimburgo

Este é o grupo das calculadoras. Todos os times farão contas para saber o que precisam para continuar na Copa. A situação é tão incomum que até a Coreia do Sul, que perdeu os dois jogos até agora, ainda pode se classificar. Mas a situação dos coreanos é mais improvável. Precisam vencer a Alemanha por um placar simples e torcer para o México vencer a Suécia por dois gols de diferença.

O México, a sensação do grupo até agora com duas vitórias, pode ficar fora. Se a Alemanha vencer seu jogo e a Suécia derrotar os mexicanos, os três times terminarão a primeira fase com o mesmo número de pontos e os critérios de desempate resolverão o impasse.

O México entra na rodada com um saldo de gols (cálculo de gols feitos menos gols sofridos) de +2, enquanto Alemanha e Suécia estão com saldo zero. O saldo de gols é o primeiro critério de desempate.
Os alemães, que voltaram à vida no grupo após o gol no último lance contra a Suécia, precisam vencer o jogo contra o adversário mais vulnerável do grupo. A Alemanha ainda não mostrou a consistência do time que ganhou a Copa de 2014 no Brasil, mas é franca favorita para vencer o jogo e seguir no Mundial.

Brasil x Sérvia – 15h – Moscou

Suíça x Costa Rica – 15h – Nizhny Novgorod

Hoje é dia de Brasil em campo. E se o jogo contra a Costa Rica não foi fácil, a última partida da primeira fase promete ser dura.

O técnico Tite já confirmou que repetirá o time que começou a partida contra a Costa Rica. O Brasil deverá ter uma atenção especial com o jogo aéreo do adversário. Os atacantes sérvios são mais altos que a defesa brasileira.

“É verdade que a Sérvia é forte no jogo aéreo, mas eles também têm qualidades individuais. Temos condições de tentar neutralizar esses cruzamentos”, disse o treinador brasileiro.

Apesar de precisar mais da vitória do que o Brasil, o discurso da Sérvia é de respeito à Seleção Brasileira. A tendência é de que joguem a responsabilidade de atacar para o Brasil, fechando espaços e apostando em bolas paradas, como a Suíça fez.

O capitão do time sérvio, Aleksandar Kolarov, disse, em entrevista, que acredita na vitória. Os sérvios tiveram que responder a perguntas do tipo “é possível vencer o Brasil?”. As respostas foram sempre na mesma linha: o Brasil não é imbatível.

“Será um jogo difícil contra o Brasil, mas é a força mental que decidirá. Se formos ao jogo acreditando que podemos vencer, então poderemos”, disse Kolarov. Ele ressaltou, no entanto, que uma vitória passa por mais do que pelo pensamento positivo. “É fácil dizer ‘vou vencer’, mas o que você está pronto para fazer para vencer – isso é o que importa”.

Assim como o Brasil, a Suíça precisa de um empate contra a já eliminada Costa Rica para se classificar. Os suíços até podem se classificar com uma derrota, desde que a Sérvia perca seu jogo. Mas a expectativa é de que o time suíço tente o gol desde o começo da partida, já que mostrou força ofensiva para isso no jogo contra os sérvios. (ABr)


Terça-feira, 26 de junho, 2018 ás 10:00

26 junho, 2018

Em jogo sofrido, Messi marca e ressuscita a Argentina na Copa


Como todos os jogos da Argentina na Copa do Mundo da Rússia até agora, foi sofrido. A seleção liderada por Messi passou sufoco, fez o gol da vitória no final da partida e venceu a Nigéria por 2 x 1. O camisa 10 não jogou bem, mas fez o necessário. Começou a partida assumindo a responsabilidade e marcou o primeiro gol do jogo. Ficou sumido durante todo o segundo tempo, mas assumiu a responsabilidade no final, quando o time precisava segurar a vitória.

A Nigéria não mereceu vencer. Fez o gol em um pênalti feito por Mascherano e pouco produziu depois disso. No único bom contra-ataque do time no jogo, o centroavante nigeriano perdeu a oportunidade de fazer o gol da classificação.

A Argentina avança às oitavas jogando com vontade, raça, mas sem organização tática, além de uma defesa insegura. Enfrentam a França no próximo sábado (30) e este será o maior desafio até agora para as duas seleções. A França, que passou de fase sem sustos, não foi testada até agora.
O jogo

A Argentina ditou o ritmo da partida no início do primeiro tempo. Foi o período do jogo em que Messi mais apareceu. Mas a defesa nigeriana, que montou uma linha de cinco jogadores na frente da área, marcava bem. Aos 13 minutos, finalmente ele desencantou. O 10 da Argentina recebeu um ótimo lançamento de Banega ainda do campo de defesa. Messi dominou já ganhando na velocidade dos zagueiros e bateu cruzado, marcando seu primeiro gol na Copa.

Depois do gol, a Argentina diminui o ritmo. Só ameaçou novamente aos 31 minutos. Di Maria recebeu um bom passe, também de Banega, e sofreu falta quando se aproximava livre da área. Messi cobrou a falta e a bola explodiu na trave esquerda de Uzoho.

Com o resultado favorável, a Argentina começou o segundo tempo morna. Não atacava com vontade e deixava a Nigéria jogar. Só que os africanos também não ameaçavam o gol de Armani, que não tinha trabalho no jogo.

Com mais presença no campo de ataque, a Nigéria conseguiu um escanteio aos 3 minutos. Mascherano, que vinha fazendo uma partida muito ruim, agarrou Balogun dentro da área durante a cobrança do escanteio. O juiz viu e deu o pênalti, para desespero do time sul-americano. Moses cobrou a penalidade com frieza e empatou. Nigéria 1 x 1 Argentina.

Os argentinos sentiram o gol de empate e tiveram um período em que nada dava certo no jogo. Erravam passes, não conseguiam dominar bolas recebidas. A Nigéria aproveitava os contra-ataques. Aos 29 minutos, em um contra-ataque em velocidade, a bola foi cruzada para Ighalo. Rojo cortou parcialmente e o atacante nigeriano chutou com perigo para fora.

Quando finalmente a Argentina conseguiu chegar na área, aos 34 minutos, Higuaín desperdiçou. A resposta veio quatro minutos depois. Ighalo recebeu dentro da área, na frente de Armani e o goleiro argentino fez boa defesa.

Quando tudo parecia perdido e as arquibancadas tinham um aspecto de velório, a Argentina conseguiu seu gol salvador. Mercado cruzou na área e Rojo pegou de primeira para fazer explodir em festa o estádio, pintado de azul e branco.

A Nigéria ainda tentou seu gol de empate, mas sem qualquer eficiência. Aproveitando o desespero africano, o time argentino teve mais posse da bola e conseguiu gastar o tempo. Ao final da partida, os jogadores fizeram uma grande festa, em uma mistura de alegria com alívio. Com o resultado, a Argentina se classificou em segundo do grupo e enfrenta a França nas oitavas-de-final. (ABr)


Terça-feira, 26 de junho, 2018 ás 19:00

“Neymar não é um extraterrestre, é um ser humano”, afirma Raí


“Às vezes temos a impressão de que Neymar é um extraterrestre, mas não, é um ser humano”, afirmou à AFP Raí, campeão mundial com o Brasil em 1994 e para quem a pressão sobre o camisa 10 da Seleção beira o “limite do desumano”.

Ex-jogador do Paris Saint-Germain e do São Paulo, clube no qual atualmente é diretor esportivo, fundador da organização Gol de Letra, Raí acredita que se o Brasil jogar melhor contra Sérvia na quarta-feira “pode confirmar que é um dos favoritos ao título”.

P: O que você pensa do início do Brasil na Copa do Mundo?

R: O Brasil tem uma grande equipe, sobre isto não há dúvida. Estava um pouco tenso na primeira partida (1-1 com a Suíça). Foi melhor na segunda partida (2-0 sobre a Costa Rica). Mas acredito que a equipe começa a relaxar e está mais livre para mostrar todo seu talento e suas capacidades. Se continuarmos assim (contra a Sérvia na quarta-feira), isto pode confirmar que o Brasil é um dos favoritos ao título.

P: Você foi campeão do mundo em 1994 depois de chegar ao Paris Saint-Germain. Neymar vai viver algo parecido em 2018?

R: (Risos) Era outra época! Acredito que ele está construindo sua próprias história no PSG e espero que chegue ainda mais longe com o clube. Tem um autêntico potencial, em Paris sempre é importante ter um campeão do mundo. Espero que Neymar consiga, assim como outros jogadores do clube (Thiago Silva e Marquinhos), que também podem ser campeões.

P: Tite dá a impressão de armar uma equipe que não depende de Neymar, justamente para liberá-lo um pouco da pressão. O que pensa sobre isto?

R: Sim, efetivamente. Acredito que você tem razão. Para ser campeão do mundo, a equipe não deve depender apenas de Neymar. O time tem Coutinho, Willian, Firmino, para não falar de Marcelo, que são jogadores de nível muito alto. Se queremos ser campeões do mundo precisamos que estes jogadores também sejam importantes.

P: As expectativas e a pressão sobre Neymar são enormes no Brasil?

R: Sim. No limite do desumano. É uma pressão incrível. Mas o que vai fazer com que supere esta pressão é o elemento colectivo. Se o Brasil jogar bem, será muito mais fácil para ele suportar a pressão e mostrar seu talento.

P: As imagens de Neymar chorando ao final da partida contra a Costa Rica provocaram reações. Considera que é um bom sinal mostrar suas emoções ou demonstra uma certa fragilidade?

R: Se é bom ou ruim, depende da maneira de ver as coisas. Às vezes temos a impressão de que Neymar é um extraterrestre, mas não, é um ser humano.

P: Quem o impressionou mais até o momento no Mundial?

R: (Pausa) A equipe que até agora demonstrou mais confiança é a Bélgica. Mas acredito que no momento das quartas de final, das semifinais, a experiência também conta. A experiência de chegar ao momento de vencer o Mundial. Os brasileiros, por exemplo, estão acostumados a isto. A Bélgica é no momento uma grande equipe, mas não sei se vão chegar à final ou não. (AFP)


Terça-feira, 26 de junho, 2018 ás 11:00

25 junho, 2018

Seleção brasileira se prepara para enfrentar a Sérvia


A seleção brasileira voltou a treinar segunda-feira (25/6), com atenção especial na troca de passes e nas triangulações ofensivas, visando a vencer as defesas adversárias, o que tem sido o principal desafio da equipe na Copa do Mundo da Rússia. Durante o treino, Tite comandou um trabalho tático para aprimorar o posicionamento dos jogadores brasileiros nas bolas aéreas defensivas. O ponto forte da seleção da Sérvia, adversária do Brasil nesta quarta-feira (27), é o lançamento de bolas altas para a área.

O Brasil lidera o grupo E, com quatro pontos. Se vencer a Sérvia, a equipe garante o primeiro lugar, mas o empate também classifica a seleção brasileira para a próxima fase. "Fizemos um trabalho de bola parada defensiva já nos preparando para a Sérvia. A gente sabe que [a bola aérea] é uma jogada forte deles, e toda a equipe tem que estar preparada", afirmou o auxiliar-técnico Matheus Bachi.

O trabalho foi realizado em campo reduzido, com o grupo dividido em três times de seis atletas, que se revezaram nas ações de ataque e de defesa. Danilo e Douglas Costa não participaram do treino com bola. Ainda se recuperando da lesão no quadril, Danilo foi a campo, mas para realizar circuito de atividades sob a orientação da fisioterapia. Com lesão muscular na coxa direita, Douglas Costa segue em tratamento intensivo.

Ainda hoje a seleção viaja de Sochi para Moscou, onde enfrentará a Sérvia. A partida está marcada para as 15h (horário de Brasília), no Spartak Stadium. No mesmo dia e horário, jogam Suíça e Costa Rica. A Suíça tem a mesma pontuação da seleção brasileira, mas menor saldo de gols. Sem pontos marcados, a Costa Rica já está eliminada da Copa da Rússia.

*Com informações da CBF


Segunda-feira, 25 de junho, 2018 ás 19:00

No 12º dia de Copa, primeira fase entra na reta final

Começa segunda-feira (25/6) a última rodada da fase de grupos da Copa do Mundo. Chegou a hora H para muitas seleções definirem o seu futuro na competição. Nesta rodada, os dois jogos de cada grupo serão realizados ao mesmo tempo. Hoje é dia de definir como ficarão os grupos A e B.

Uruguai x Rússia – 11h, Samara

Arábia Saudita x Egito – 11h, Volgogrado

O grupo A já está resolvido em termos de classificação. Uruguaios e russos se enfrentam para saber quem terminará em primeiro no grupo. O primeiro colocado do grupo A enfrentará o segundo do grupo B.

A Rússia chega com autoridade por ter goleado a Arábia Saudita e vencido o Egito, do craque Mohamed Salah, sem grandes dificuldades.

Já o Uruguai irá a campo com todo o estádio torcendo contra. E nessa atmosfera terá que provar que o seu ataque, formado por Cavani, do Paris Saint-Germain, e Suárez, do Barcelona, é realmente digno do respeito que lhe é conferido desde antes do início do Mundial.

Volgogrado receberá uma típica partida amistosa. O único atrativo do jogo será Salah. Ainda se espera do atacante egípcio uma performance correspondente ao que ele já mostrou no Liverpool, da Inglaterra.

Espanha x Marrocos – 15h, Kaliningrado

Irã x Portugal – 15h, Saransk

Para a Espanha, o jogo vale muito. Para os marroquinos, a honra. Marrocos é o único time do grupo já eliminado da competição. Apesar de ter feito dois bons jogos, dominando as ações na maior parte do tempo, perdeu ambos. Enfrentará uma Espanha que precisará apenas empatar para garantir a classificação.

A maior dúvida sobre esta partida é se Marrocos jogará todo na defesa e explorando os contra-ataques ou tentará uma tática kamikaze, procurando jogar de igual para igual com a Espanha, campeã mundial de 2010.

A Espanha, que fez uma partida abaixo do esperado contra o Irã, garante a classificação com um empate, mas só descobrirá se ficará em primeiro ou em segundo depois do fim da outra partida. Se Portugal vencer seu jogo, entrarão em ação os critérios de desempate.

Portugal, empatada com a Espanha com 4 pontos, enfrentará uma seleção iraniana ainda com chances, tendo 3 pontos ganhos. Só uma vitória interessa ao Irã, enquanto um empate resolve a classificação dos portugueses.

O favoritismo da seleção de Portugal no jogo poderá lançá-la naturalmente ao ataque. Ainda que só tenha conseguido um gol na Copa – e ele tenha sido contra, de um atleta marroquino – o Irã ameaçou o gol da Espanha várias vezes na segunda rodada, em jogadas de contra-ataque. (ABr)


Segunda-feira, 25 de junho, 2018 ás 07:00