O 5G chegou na quinta-feira (4/8) a São Paulo, após ser lançado em outras quatro capitais brasileiras. Mas a chegada do 5G puro trouxe uma nova dúvida: como identificar a nova rede standalone (SA)? De acordo com empresas e especialistas, a principal dica é verificar a velocidade de conexão pelo celular. Hoje, há vários aplicativos disponíveis. O mais popular deles é o SpeedTest da OoKla.
Ao baixar o aplicativo, é possível aferir, entre outras coisas, a velocidade de download. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o 5G real promete velocidade superior a 1 gigabit por segundo, patamar até cem vezes maior que o 4G atual.
Na média, desde que chegou em Brasília, a velocidade média do 5G real (standalone) tem ficado, segundo as operadoras, entre 300 megabits e 400 megabits por segundo. A velocidade de 1 gigabit por segundo vem sendo constatada em "momentos de pico".
É uma velocidade média bem maior que a do 5G DSS, cuja velocidade média, vem oscilando entre 40 megabits e 60 megabits por segundo, dizem as operadoras. Já o 4G atual tem velocidade entre 20 e 40 megabits por segundo.
Ícones específicos
Leonardo Capdeville, vice-presidente de tecnologia da TIM, explicou que o cliente pode verificar a velocidade de conexão da internet móvel através de diversos aplicativos.
"A TIM foi a empresa que sempre defendeu a rede standalone no Brasil, pois é uma tecnologia que vai permitir desenvolver aplicações especiais com baixa latência e diferenciação de serviços como garantia de banda para aplicações específicas como games, realidade virtual e industrial", explicou ele.
Além do 5G DSS (que usa as frequências 4G) e do 5G puro (standalone), as operadoras terão uma outra infraestrutura chamada NSA (non standalone). Nesse caso, o NSA utiliza antenas 5G e centrais de dados (core da rede) 4G. Segundo as operadoras, não há diferença na velocidade de internet 5G se a rede for SA ou NSA.
O que diferencia essas duas soluções é que o SA permite baixíssima latência e garante rede 100% confiável para aplicações críticas como telemedicina.
O executivo disse ainda que os fabricantes dos smartphones podem no futuro criar ícones específicos que identifiquem em qual rede 5G o consumidor está navegando, como já foi feito com o 4G.
"Isso pode ser feito pelos fabricantes e vai ajudar o consumidor a identificar em qual rede está navegando através de ícones no visor", disse Capdeville.
Especialistas lembram que a rede 5G standalone ainda está em desenvolvimento. Por isso, o cliente pode estar em uma rede 5G pura e de repente a rede pode migrar para o 5G DSS, 4G ou 3G.
De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações, o cronograma da instalação do 5G vai até 2029, quando as teles são obrigadas a levar a conexão para locais com população inferior a 30 mil habitantes.
*Agência O Globo
Quarta-feira, 08 de agosto 2022 às 12:27
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