Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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26 dezembro, 2021

MORO É ACONSELHADO A AJUSTAR DISCURSO E POPULARIZAR IMAGEM PARA FORTALECER A CAMPANHA

 

A imagem do ex-juiz federal com jeito de nordestino foi captada no início do mês e ainda se constitui numa cena raríssima. Sergio Moro, o pré-candidato do Podemos-19 a presidente da República, foi ao Recife lançar um livro e, num encontro com apoiadores, se deixou fotografar de calça jeans, mangas arregaçadas e um chapéu de sertanejo.

 

Quem conhece o ex-juiz sabe que esse tipo de performance não combina com o formalismo que a liturgia da magistratura exige e do qual ele ainda tem muita dificuldade de se afastar.

 

Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, o ex-ministro da Justiça é considerado uma alternativa para atrair o voto daqueles que rejeitam o petista Lula, que hoje aparece na liderança, e o presidente Jair Bolsonaro, o segundo colocado.

 

Nas últimas semanas, um novo fator se somou a essa lista de gargalos: a falta de capilaridade junto ao eleitor que, embora conheça ele e a Operação Lava-Jato, está longe de considerar o combate à corrupção ou a defesa da prisão em segunda instância, duas das bandeiras do ex-juiz, como suas preocupações mais urgentes.

 

Hoje, Moro, no melhor dos cenários, conta com 11% das intenções de voto. É um desempenho considerado relativamente satisfatório para quem nunca disputou uma eleição, tanto que o União Brasil, o superpartido em formação a partir da fusão do PSL e do DEM, já deu sinal verde para que alguns de seus dirigentes iniciem uma aproximação tática com o ex-ministro.

 

Essa aproximação, segundo dirigentes do União, também rendeu o seguinte diagnóstico: se o objetivo é vencer a eleição, é preciso repaginar a figura de Sergio Moro e agregar outros temas ao discurso dele.

 

O partido contratou uma empresa que tem monitorado nas redes sociais as citações ao ex-ministro. Os primeiros resultados mostram que ele é visto como elitista e o discurso anticorrupção empolga menos do que temas como carestia e desemprego.

 

Diante desse cenário, Moro tem sido aconselhado a remodelar a imagem, aproximar-se de políticos de viés mais popular e apontar sua plataforma de governo também para os eleitores das classes C, D e E.

*Com informações de Veja

Domingo, 26 de dezembro 2021 às 13:50


 

07 dezembro, 2021

COMISSÃO DO SENADO APROVA PL PARA ESTABILIZAR PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS

 

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (7) o Projeto de Lei (PL) 1.472/2021, que cria um programa para estabilização do preço do petróleo e derivados no Brasil. O projeto visa amortecer os impactos dos aumentos do preço do barril de petróleo e conter a alta nos preços dos combustíveis.

 

O PL foi apresentado inicialmente pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), e a proposta aprovada foi do senador Jean Paul Prates (PT-RN), na forma de um substitutivo. O texto segue para o plenário.

 

Segundo o senador Jean Paul, o projeto busca reduzir a volatilidade dos preços do setor e é apenas uma das ferramentas que o governo terá para garantir que os aumentos do barril no mercado internacional não impactem com tanta frequência o país.

 

O projeto aprovado estabelece alíquotas mínimas e máximas para o Imposto de Exportação do produto, que serão zeradas até o valor do barril atingir US$ 45. A versão anterior previa que o imposto valeria quando o barril estivesse acima de US$ 80. Outra mudança é relativa à alíquota máxima, que agora será de até 20%, contra os 12,5% inicialmente previstos.

 

Pelo substitutivo, a alíquota será de, no mínimo, 2,5% e, no máximo, 7,5%, aplicada apenas sobre a parcela do valor do petróleo bruto acima de US$ 45 por barril e abaixo ou igual a US$ 85 por barril. A alíquota passa para, no mínimo, 7,5% e, no máximo, 12,5% quando aplicada sobre a parcela do valor do petróleo bruto acima de US$ 85 por barril e abaixo ou igual a US$ 100 por barril.

 

Para parcelas superiores a US$ 100 por barril, a alíquota será de, no mínimo,12,5% e, no máximo, 20% e não incidirá sobre a totalidade dos valores, mas apenas sobre a parcela de preço que exceder os valores mencionados.

 

Assim, no caso de um barril de US$ 75, um carregamento exportado resultaria no pagamento de US$ 0,5 a US$ 1,5 por barril, ou seja, 0,6% a 2% do valor faturado. Adicionalmente, o texto prevê que pessoas jurídicas que destinem parte da produção para refino no mercado interno possam receber alíquotas diferenciadas na exportação, conforme regulamentação.

 

Pelo relatório, o Poder Executivo poderá alterar as alíquotas do Imposto de Exportação incidente sobre o petróleo bruto, obedecidos os limites mínimo e máximo fixados no projeto.

 

O texto aprovado determina que o Executivo regulamente a uso de bandas de preços, de forma a estabelecer limites para variação de valores de combustíveis, definindo a frequência de reajustes e os mecanismos de compensação. O sistema de banda de preço estipula um limite máximo para as variações dos preços do petróleo no varejo, evitando, assim, aumentos abruptos.

 

Em seu projeto, o senador Rogério Carvalho propunha que o sistema de bandas fosse viabilizado financeiramente por meio da instituição de um fundo de estabilização. No substitutivo, o fundo passou a ser o Programa de Estabilização, para reduzir a volatilidade dos preços de derivados de petróleo.

 

*Com informação da Agência Senado

Terça-feira, 7 de dezembro de 2021 às 15:16