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“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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14 fevereiro, 2024

O QUE É SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS?


 

A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI), uma condição neurológica caracterizada por sensações desconfortáveis nas pernas, é mais comum do que se imagina, afetando milhões de pessoas em todo o mundo.

 

Os sintomas geralmente surgem durante o repouso ou à noite, resultando em uma necessidade irresistível de mover as pernas para aliviar as sensações desagradáveis.

No entanto, o diagnóstico e tratamento da síndrome continuam sendo um desafio para muitos pacientes e profissionais de saúde.

Quais os sintomas da síndrome?

sensações de formigamento

coceira

queimação

dor nas pernas, acompanhadas por uma sensação de inquietação ou desconforto

Esses sintomas podem variar de leves a graves e podem interferir significativamente no sono, levando à fadiga, irritabilidade e dificuldades de concentração durante o dia.

 

Em casos mais graves, a SPI pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e bem-estar emocional dos pacientes.

O que causa a condição?

A ciência ainda não conhece exatamente a causa da SPI. No entanto, parece estar relacionada com distúrbios em áreas do cérebro.

 

Várias teorias têm sido propostas para explicar a origem dessa síndrome.

 

Alguns dos fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da SPI incluem:

fatores genéticos

alterações nos neurotransmissores

níveis baixos de ferro no cérebro

distúrbios do sono

Estudos sugerem que a SPI pode ter uma predisposição genética, com muitos casos ocorrendo em famílias. Pesquisas identificaram vários genes que podem estar associados à síndrome, embora não se compreenda bem o papel desses genes ainda.

 

Desregulações nos neurotransmissores, como dopamina, serotonina e ferro, podem desempenhar um papel no desenvolvimento da SPI. A dopamina, em particular, é considerada um neurotransmissor-chave na regulação do movimento e no controle das sensações nas pernas.

O ferro desempenha um papel importante na produção de dopamina, e a deficiência de ferro pode levar a disfunções nos circuitos neurais que controlam os movimentos das pernas.

 

A SPI está frequentemente associada a distúrbios do sono, como apneia do sono e síndrome da movimentação periódica dos membros durante o sono. A privação do sono e distúrbios relacionados podem intensificar os sintomas da SPI.

 

Como é o diagnóstico da Síndrome das Pernas inquietas?

O diagnóstico da SPI muitas vezes é desafiador, pois não existem testes específicos para confirmar a condição. Além disso, algumas vezes os médicos podem confundi-la com hiperatividade ou com outras condições médicas, como problemas circulatórios, neuropatias ou distúrbios do sono.

 

O diagnóstico geralmente se baseia nos sintomas do paciente e em uma avaliação cuidadosa de seu histórico médico e familiar.

Como é o tratamento da Síndrome das Pernas Inquietas?

Os casos leves de síndrome das pernas inquietas geralmente não exigem nenhum tratamento, exceto algumas mudanças no estilo de vida.

 

Esses incluem:

 

dicas sobre como dormir (por exemplo, seguir um ritual regular de hora de dormir, dormir em horários regulares e evitar álcool e cafeína tarde da noite)

parar de fumar se você fuma

exercitar-se regularmente durante o dia

Já se os sintomas forem mais graves, o médico pode prescrever medicamentos que afetam os níveis de dopamina no cérebro, como agonistas dopaminérgicos ou medicamentos anticonvulsivantes para aliviar os sintomas.

 

Se a síndrome for causada por anemia por deficiência de ferro, suplementos de ferro podem ser suficientes para tratar os sintomas.

 

Técnicas de relaxamento, como Yoga ou meditação, também podem ser benéficos para alguns pacientes.

 

No entanto, é importante ressaltar que o tratamento da SPI é altamente individualizado, e o que funciona para um paciente pode não ser eficaz para outro. Além disso, o acompanhamento médico regular é essencial para monitorar a progressão dos sintomas e ajustar o tratamento conforme necessário.

 

* Wachiwit/istock

Quarta-feira, 14 de fevereiro 2024 às 10:28


   

23 novembro, 2023

FIM DO BLUETOOTH? TECNOLOGIA INOVADORA PARA TRANSMITIR DADOS É INVENTADA POR CIENTISTAS

 


Pesquisadores da Universidade de Sussex, no Reio Unido, desenvolveram uma tecnologia mais eficiente, em termos energéticos, para transmitir dados.

 

A descoberta pode potencialmente substituir o Bluetooth, porque ela envolve uma maneira mais efetiva de conectar dispositivos e melhorar a vida útil da bateria.

 

Os pesquisadores Robert Prance e Daniel Roggen desenvolveram o uso de ondas elétricas, em contraponto às ondas eletromagnéticas, para criar uma forma de transmissão de dados de baixa potência a curta distância, mantendo ao mesmo tempo o alto rendimento necessário para aplicações multimídia.

 

Bluetooth, Wifi e 5G dependem atualmente de modulação eletromagnética, uma forma de tecnologia sem fio desenvolvida há mais de 125 anos. Por outro lado, a modulação de campo elétrico utiliza ondas elétricas de curto alcance, que consomem muito menos energia que o Bluetooth.

 

Daniel Roggen, professor de Engenharia e Design da Universidade de Sussex, avalia que não precisamos mais depender da modulação eletromagnética, que exige inerentemente muita bateria.

 

“Podemos melhorar a vida útil da bateria da tecnologia, por exemplo, usando modulação de campo elétrico em vez de Bluetooth. Esta solução não só tornará as nossas vidas muito mais eficientes, como também abrirá novas oportunidades para interagir com dispositivos em casas inteligentes”, diz em comunicado.

 

Como tendemos a estar próximos de nossos dispositivos, a pesquisa concluiu que a modulação de campo elétrico oferece um método comprovado e mais eficiente de conectar nossos dispositivos, permitindo maior duração da bateria ao transmitir música para fones de ouvido, atender chamadas, usar rastreadores de fitness ou interagir com dispositivos domésticos.

 

O desenvolvimento dessa tecnologia poderia mudar a maneira como usamos nossos dispositivos na vida cotidiana e também desenvolver uma ampla gama de aplicações futurísticas, aponta o estudo.

 

Por exemplo, uma pulseira que utilize a nova tecnologia poderia permitir a troca de números de telefone simplesmente com um aperto de mão ou uma porta poderia ser destrancada apenas com um toque na maçaneta.

 

Além disso, essa tecnologia também é de baixo custo, o que significa que pode ser implementada na sociedade de forma rápida e fácil.

 

“Se fosse produzido em massa, a solução poderia ser miniaturizada em um único chip e custar apenas alguns centavos por dispositivo, o que significa que poderia ser usada em todos os dispositivos em um futuro não muito distante”, diz o professor Daniel Roggen.

 

Os pesquisadores da Universidade de Sussex procuram agora parcerias industriais para ajudar a miniaturizar ainda mais a tecnologia para dispositivos pessoais.

 

*CNN Brasil

Quinta-feira, 23 de novembro 2023 às 13:59


     

09 novembro, 2023

PLANTA CONFUNDIDA COM MATO TEM MAIS NUTRIENTES DO QUE MUITOS VEGETAIS FAMOSOS


Exuberante, não só pelo tamanho – a planta pode atingir 2 metros de altura e suas folhas chegam a 80 centímetros de comprimento e 60 centímetros de largura –, a taioba também esbanja nutrientes. “Contém três vezes mais ferro do que os brócolis e seu teor de vitamina A é equivalente ao da cenoura”, compara a nutricionista Suzana Camacho Lima, coordenadora da pós-graduação de Nutrição e Gastronomia do Senac EAD.

 

Ainda no confronto com as hortaliças, oferece o dobro de magnésio e de fibras em relação à couve e duas vezes a quantidade de fósforo do espinafre. “E é rica em compostos fenólicos”, completa a nutricionista Vanderlí Marchiori, da Associação Brasileira de Fitoterapia (ABFIT). Trata-se de um grupo de substâncias festejado pela atuação anti-inflamatória, antioxidante e por aparecer em estudos como protetor das artérias.

 

Quanto aos outros nutrientes mencionados, sobre o magnésio há indícios de seu papel no humor. Já a vitamina A é grande aliada da saúde dos olhos, o fósforo integra os ossos e as fibras zelam pela microbiota intestinal, com impactos positivos ao sistema imune.

 

“O ferro, por sua vez, regula diversas reações bioquímicas no nosso organismo e tem funções essenciais no combate à anemia, daí a importância às mulheres que menstruam”, destaca Vanderlí.

 

Com essa lista de atributos, não há dúvida de que a taioba merece um espaço no cardápio. “Assim como outras PANCs, as plantas alimentícias não convencionais, ela tem sido resgatada nos últimos tempos e aparece até no menu de alguns restaurantes de grandes cidades”, comenta Vanderlí. Embora dê as caras em estabelecimentos diferenciados e feiras de orgânicos, nem sempre é fácil encontrá-la em hortifrútis e supermercados.

 

O vegetal grandalhão e nutritivo pode estar escondido em meio a outros, em algum jardim, praça, terreno se passando por “mato” ou cumprindo papel ornamental.

 

Nativo da América do Sul, gosta de clima quente, chuvoso e surge naturalmente em vários pontos do nosso litoral, além de certas cidades no interior de Minas Gerais e de Goiás. Faz parte da família Arácea, que conta com integrantes como o antúrio, o taro (um tipo de inhame ou cará) e a taioba-brava, que não é comestível. Todos são bem parecidos, o que pode desencadear confusões.

 

Inclusive, há quem aponte equívocos e informações desencontradas como as responsáveis por tirar a taioba do prato de muita gente, muito pelo medo de envenenamento.

 

“As avós sabiam diferenciar”, diz Suzana, que reforça a necessidade de recuperar essas tradições alimentares. “É preciso viabilizar os conhecimentos antigos, trazer para as novas gerações, ampliando, assim, as opções à mesa”, defende.

 

Algumas pistas podem ajudar na distinção das variedades. “A espécie tóxica, a brava, tem o talo arroxeado”, sinaliza Suzana.

 

Já a chamada taioba-mansa, ou verdadeira, apresenta haste verde. A folha, com formato que lembra um coração, é toda contornada por uma linha fina, que, inclusive, serve de adorno. Outro detalhe é que o talo – ou pecíolo como ensinam os botânicos – deve estar inserido justamente na base, onde as duas “orelhas” se juntam.

 

Para os que não têm a menor familiaridade, o melhor é pedir ajuda especializada para passar longe de riscos.

Tem taioba na cozinha

 

E, ainda que seja a mansa, vale uma dose de cautela na hora do consumo. “O vegetal precisa passar por branqueamento”, ensina Vanderlí. Isso ajuda a reduzir o ácido oxálico, substância que causa irritação na mucosa da garganta, provocando coceira e até, quando há excesso, a sensação de asfixia.

 

Nessa técnica culinária, as folhas devem ser colocadas na água fervente, por alguns minutos. Depois é só escorrer e mergulhar em água gelada para o choque térmico.

 

Antes de iniciar esse processo de levar ao fogo, há quem recomende excluir as nervuras que desenham toda a superfície da planta, isso porque elas costumam acumular o tal composto. Dá para retirar com as mãos mesmo ou com auxílio de uma faca.

 

Na hora de levar à mesa, é só usar a criatividade. Para muita gente, o sabor da taioba está entre a couve e o espinafre, assim pode ser empregada da mesma maneira.

Desde o refogado do dia a dia até preparações mais elaboradas”, diz Suzana. Fica perfeita no recheio de massas, caso do ravióli e do torteli, em quiches, tortas. Combina com a carne de porco e junto de angu forma pratos com o sabor da culinária caipira. “Enriquece o arroz e a farofa também”, exemplifica.

 

Vanderlí sugere congelar as folhas, depois de branqueadas, claro, e usar para preparar sucos. “Vale acrescentar laranja ou acerola, que são ricas em vitamina C, numa estratégia que contribui para o aproveitamento do ferro”, ensina.

 

Alguns cozinheiros gostam de incluir ainda o talo da taioba nas receitas, nesse caso, a sugestão é retirar primeiro a película que o envolve, já que tende a ser bastante fibrosa. E aqui, também é fundamental que fique bem cozido, justamente pela concentração de ácido oxálico.

 

“O importante é mostrar o caminho de volta à cozinha, estimular o preparo das refeições, mas claro, com um olhar atento ao cotidiano de cada um, tem que encaixar no dia a dia”, afirma Suzana.

 

A professora ressalta que quanto maior o conhecimento e o interesse sobre as PANCs, maiores as chances de aumento no cultivo e produção. “Precisamos valorizar a diversidade brasileira, a regionalidade, o que torna o cardápio mais nutritivo, fresco e saboroso”, diz.

 

*Estadão

Quinta-feira, 09 de novembro 2023 às 11:28