Sergio Moro, candidato à Presidência pelo Podemos, afirmou em entrevista à revista Veja que, ao contrário do ex-presidiario e de determinados sinistros do Supremo Tribunal Federal, não tem o menor problema em lidar com o povo brasileiro.
“O Supremo, com essas decisões, reacendeu a crença de que não se pode confiar na Justiça para punir poderosos. As pessoas sabem quem está do lado certo dessa história, quem combateu a corrupção, quem cometeu corrupção e quem favoreceu a corrupção”, disse, acrescentando:
“Prova disso é que eu posso sair às ruas com tranquilidade, mas tem corrupto com condenação anulada e magistrado que anulou essas condenações que não podem fazer isso nem aqui nem no exterior”.
O ex-juiz afirmou também à revista Veja que não há qualquer possibilidade de ‘diálogo’ com Ciro Gomes (PDT) em 2022. Para ele, os projetos diferentes e a postura ofensiva do candidato pedetista impedem qualquer tipo de aproximação.
“É preciso dialogar com as pessoas para ver que tipo de aliança podemos construir. Não dá para fazer uma aliança quando os projetos são diferentes. Não há possibilidade de diálogo com o Ciro Gomes, por exemplo”, respondeu ao ser questionado sobre a terceira via.
Segundo a repórter Clarissa Oliveira, da Veja, Ciro quer debate com Moro por saber que o ex-juiz não tem conhecimento profundo de economia e pode ficar em inferioridade.
“Quem é próximo de Ciro Gomes sabe que o ex-ministro da Fazenda adora a ideia de debater Economia. Não por menos segue convocando Sergio Moro, que entende como seu maior adversário neste momento, para um debate. Pelo tom das convocações não devem faltar provocações. Mas Ciro tem pelo menos algumas propostas bem ensaiadas”, disse a jornalista, acentuando:
“Uma medida econômica que Ciro adora defender é sair cortando de cara, de forma de reduzir os gastos com subsídios, vistos em muitos casos como mamata pelo presidenciável do PDT. Ele costuma defender que esse dinheiro seja concentrado em medidas de caráter social”.
Clarissa Oliveira afirmou que Ciro também é defensor árduo de medidas como a tributação de dividendos e a taxação de grandes fortunas. “Neste último caso, ele rechaça a tese de que poderia ocorrer uma evasão de investidores, por exemplo. E defende uma alíquota de 0,5% a 1,5% ao ano sobre patrimônios acima de R$ 20 milhões. Ele também prega uma política de valorização acelerada do salário mínimo, como
*Com a Veja
Segunda-feira, 17 de janeiro 2022 às 12:08