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“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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14 março, 2022

REPORTAGEM DA AGÊNCIA PÚBLICA APONTA SUBSTÂNCIAS CANCERÍGENAS NA ÁGUA EM 493 CIDADES NO BRASIL

 

Uma reportagem da Agência Pública em parceria com a Repórter Brasil mostrou que mais de 493 municípios no Brasil possuem níveis elevados de substâncias radioativas em sua composição. As informações que reúnem dados do Ministério da Saúde mostram ainda que mais 270 municípios além desses ainda contam com níveis elevados de outras substâncias químicas tóxicas.

 

Água com radioatividade foi encontrada em diversas cidades brasileiras

Os dados obtidos pelos repórteres das agências se transformaram no Mapa da Água, que destaca quais substâncias estão fora do limite nas águas de cada um dos 793 municípios brasileiros, que incluem São Paulo, Florianópolis, Guarulhos, Vitória, Porto Alegre e Brasília.

 

Entre os problemas que estão sendo encontrados nas cidades brasileiras há problemas de excesso de substâncias para limpar as águas. Cloro e outros químicos foram encontrados em quantidades altas ao redor dessas cidades. Esses problemas envolvendo químicos e radioativos são um problema porque causam problemas de saúde para toda a vida, como o desenvolvimento de câncer e outras doenças.

 

“O risco é realmente quando o monitoramento mostra que, durante anos, a água está com o valor elevado desses produtos, porque tem um efeito cumulativo que pode trazer consequências a longo prazo”, afirma aos repórteres Valter Pádua, professor do departamento de engenharia sanitária e ambiental da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

 

“É uma encruzilhada. A gente não pode deixar de usar cloro, porque o risco de ter um surto de tifo ou cólera é muito sério. Por outro lado, você não pode usar cloro demais, não pode ter essa produção de produtos secundários [outro termo para os subprodutos da desinfecção] em alta concentração, pois isso também pode gerar um risco de as pessoas desenvolverem câncer”, explica Paulo Barrocas, professor e pesquisador do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental da Fiocruz.

*msn

Segunda-feira, 14 de março 2022 às 12:09