É óbvia a vitória da cleptocracia lulopetista, notadamente a do chefe de quadrilha (conforme definição do MPF – Ministério Público Federal), Lula da Silva, com a decisão explosiva do ministro Edson Fachin, de anular os processos em que o meliante de São Bernardo fora condenado – em até “três instâncias” – por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Lula, PT, petistas e seus satélites costumeiramente mentem sobre fatos incontestáveis, a fim de emplacarem suas narrativas sempre distorcidas da realidade e da história. Com uma decisão judicial dessas, então, aí é que irão “deitar e rolar” em torno da falácia sobre a inocência do líder do maior bando de assalto aos cofres de um país, em todo o mundo e em toda a história ocidental.
Lula não é mais considerado culpado, é verdade. Mas isso não significa que seja inocente. Muito pelo contrário! Mas sabemos como a banda toca nas altas esferas judiciais do Brasil. O petista jamais verá uma condenação outra vez. Salvo, é claro, se conseguir sobreviver mais de 120 anos. Ou seja, na lápide, ele poderá escrever “a alma mais honesta deste País”. Então, tá. Fazer o que, né?
FACHIN
Não é razoável, ainda que o ministro possua um entendimento jurídico consubstanciado em elementos suficientes para sua decisão, considerar que um juiz federal de primeira instância, no caso, Sergio Moro; três desembargadores de segunda instância; e ao menos cinco ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) estejam todos enganados. Fachin ignorou solenemente seus colegas.
Porém, há sempre que se olhar “o todo”, sobretudo nas questões envolvendo a politicagem que rola solta, há tempos, na Suprema Corte brasileira. Fachin poderá não ser reconhecido por isso, mas que parece que está mirando a proteção da Lava Jato e, no limite, a reputação de Moro, isso parece. E mais: talvez esteja atirando no que viu (elegibilidade de Lula), mas acertou no que (também) viu.
É público e notório que a dupla Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, com auxílio do novo ministro Kássio Nunes Marques, indicado pelo verdugo do Planalto, Jair Bolsonaro, iria lograr êxito em não só declarar Sergio Moro suspeito, como em abrir caminho para as anulações de decisões proferidas não só contra Lula, mas vários figurões (políticos e empresários) amigos da Corte, fisgados na Lava Jato.
MORO
Estava em curso o assassinato oficial, e judicial, da reputação do ex-juiz federal Sergio Moro, notadamente por Gilmar Mendes, no Supremo Tribunal Federal. A partir do momento em que se tornou desafeto do amigão do Queiroz, o ex-ministro da Justiça assistiu à aposentadoria do decano Celso de Mello se tornar a porta que o levaria ao inferno, já que Bolsonaro tratou de nomear mais um anti-Lava Jato.
Após sair do governo, pelas razões que cada vez mais conhecemos, e uma certa mansão de seis milhões de reais está aí para comprovar, Moro se tornou, além de inimigo número 1 do bolsonarismo – já que, hoje em dia, Lula é um aliado -, um forte rival político do devoto da cloroquina. É, segundo diversas pesquisas, o único dos pré-candidatos a bater o maníaco do tratamento precoce em 2022.
Por isso, aniquilar a imagem de “algoz da corrupção” que Sergio Moro tem, era fundamental para as pretensões político-eleitorais do marido da receptora de cheques de milicianos, bem como para as pretensões libertárias dos apaniguados de toga dos super mafiosos brasileiros. Quando essa turma se junta, é para valer. As expressões “o sistema é foda” e “o mecanismo é bruto” não surgiram por acaso.
ELEIÇÕES 2022
Se, de bunda de neném e de cabeça de ministro, ops!, de juiz, ninguém sabe o que esperar, de urnas muito menos. As eleições de 22 estão próximas, sim, mas infinitamente distantes, já que vivemos tempos de indefinições tão graves quanto a própria relação entre a vida e a morte. A pandemia, sobretudo no Brasil, com tantas consequências sanitárias e econômicas, será determinante daqui pra frente.
Particularmente, creio que o sonhado embate entre a cleptocracia lulopetista e o nazifascimo homicida bolsonarista não está assim tão garantido, não. A despeito da enorme força eleitoral de ambos os lados, o que é terrível para o País, não descartaria uma espécie de insurgência da parte que presta, e que pensa com mais de dois neurônios, do eleitorado nacional, que é a ampla maioria, inclusive.
Moro, Huck, Mandetta e outros nomes de centro poderão, sim, ser beneficiados de alguma forma com essa batatada toda. Não será pouca a indignação da população com mais um caso de impunidade extrema, e é muito pouco crível que Jair Bolsonaro, ao lado do Centrão, consiga enganar novamente o eleitor com o papinho de que é contra a corrupção. Quem tem Queiroz e Flávio, tem telhado de vidro.
ENCERRO
Acredito tanto, infelizmente, que o País estará tão “lascado” em 2022, que há uma chance relativamente boa de o “tiro” do Fachin sair pela culatra. Com Bolsonaro desgastado e Lula odiado, os eleitores poderão – e assim espero!! – Migrar para uma outra via eleitoral, fora dos extremos nefastos, e fazer uma escolha não baseada em ódio e idolatria, mas em um pingo de racionalidade. Que Deus me ouça.
*IstoÉ
Terça-feira,9 de março, 2021 ás 12:00
Nenhum comentário:
Postar um comentário