Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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27 novembro, 2021

ELES FAZEM A CABEÇA DOS CANDIDATOS

A inflação e o desemprego serão os assuntos mais importantes da próxima eleição presidencial, por isso a escolha dos economistas que vão escrever os programas tornou-se uma prioridade para os presidenciáveis. Uma coisa é certa: não haverá mais espaço para um Posto Ipiranga

 

Há muitas dúvidas sobre as eleições de 2022, mas pelo menos uma certeza: a economia vai dominar os debates. Enquanto as eleições de 2018 foram marcadas pelo tema da corrupção e da herança petista, no próximo pleito os temas prioritários serão inflação e desemprego (saúde vem a seguir). Por causa disso, os candidatos já afiam o discurso com seus economistas. Nesse quesito, quem tem mais problemas é o atual presidente.

 

A gestão Bolsonaro fracassou em fazer reformas econômicas (a Previdenciária foi concebida no governo Temer), não conseguiu privatizar estatais (o processo da Eletrobras está pendente), ressuscitou a inflação e levou o desemprego a índices recordes. No final, furou o teto de gastos e descambou para o velho populismo econômico, turbinando o Bolsa Família, que foi rebatizado para servir à reeleição.

 

A agenda liberal de Paulo Guedes virou pó e a anunciada “revolução da energia barata” é um slogan que será lembrado apenas pelos adversários do mandatário. Ainda não há nenhuma definição sobre a permanência de Guedes numa eventual reeleição. Na verdade, a dúvida é se ele continuará até o final do atual mandato.

 

O certo é que não há mais espaço para um Posto Ipiranga, um faz-tudo que anuncie soluções milagrosas e ignore a negociação política necessária para aprovar medidas no Congresso, além da necessidade de apresentá-las com clareza para a sociedade. Lula está ciente disso e evita anunciar um conselheiro, pois sabe que não terá mais um Antônio Palocci para inspirar a confiança dos agentes econômicos.

 

 Mas a economia será um grande calcanhar de Aquiles para o ex-presidente na campanha, já que Dilma Rousseff foi responsável pela maior recessão da história do País. Para se afastar desse fiasco, o ex-presidente vai buscar exibir os bons resultados do seu primeiro mandato, quando a manutenção do tripé econômico do Plano Real (responsabilidade fiscal, câmbio livre e metas de inflação) e o boom de commodities catapultaram o PIB. Além, é claro, da consolidação do Bolsa Família e da valorização do salário mínimo.

 

 Esse legado positivo foi minado em seu segundo mandato e enterrado pela sua sucessora. Por isso, nomes que sempre falaram historicamente pela legenda, como Aloizio Mercadante e Guido Mantega, foram escanteados. Está em ascensão na seara petista o economista Guilherme Mello, da Unicamp, que faz parte do grupo de Marcio Pochmann. Mello assinou recentemente o “Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil”, que foi referendado pela Fundação Perseu Abramo, ligada à legenda.

 

Ele ressalta que “não fala pela campanha de Lula”, mas, como o ex-presidente, critica as privatizações. “É falsa a ideia de que simplesmente vender patrimônio público, em geral a preços módicos, irá promover o desenvolvimento”, diz. Também procura se mostrar não-dogmático: “a realização de concessões para a iniciativa privada em vários momentos se mostrou uma boa solução para a ampliação dos serviços e realização de investimentos”. Assim como Lula, o economista é contra o teto de gastos.

 

 “É uma regra fiscal malfeita. Tem como consequência a destruição do Estado, esmagando os gastos sociais e os investimentos públicos ao longo do tempo.” Mesmo assim, ele critica a PEC dos Precatórios patrocinada pelo governo, que na prática implode a norma de equilíbrio fiscal (“o problema não é alterar uma regra ruim, é fazê-lo de forma oportunista, atabalhoada e eleitoreira, se valendo de um calote nos precatórios para abrir espaço para gastos não prioritários”).

*Com informações da revista IstoÉ

Sábado, 27 de novembro 2021 às 9:46

 

 

26 novembro, 2021

BRASIL CORRE RISCO DE NOVA ONDA DE COVID COMO A EUROPA?

 

Essas são as perguntas que epidemiologistas, médicos e pesquisadores em saúde pública brasileiros mais ouviram nos últimos dias.

 

De forma geral, a resposta deles é que precisamos entender os momentos distintos da crise sanitária em cada lugar, mas podemos tomar alguns cuidados para que um cenário ruim no exterior não seja "importado" para cá — como, aliás, aconteceu com as ondas anteriores.

 

"Muita gente compara o que está acontecendo em partes da Europa com o que pode acontecer por aqui. Não é tão simples assim", avalia o estatístico e pesquisador em Saúde Pública Leonardo Bastos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

 

"Na minha opinião, não precisamos nos preocupar no curto prazo com essa onda europeia. Já no médio e longo prazo, a coisa pode mudar de figura."

 

Após uma queda e uma estabilização de casos e mortes por covid-19 entre abril e setembro, a Europa começou a ver um novo aumento a partir de outubro.

 

Em novembro, essas estatísticas explodiram e confirmaram uma nova onda da pandemia por lá.

 

Isso tem a ver com uma série de fatores, como a circulação de variantes mais transmissíveis, como é o caso da Delta, e a resistência às vacinas por parte da população de alguns países.

 

Alguns avaliam que também houve uma liberação prematura das restrições, especialmente o abandono do uso das máscaras.

 

Vale notar que a situação varia bastante de país para país. Nas nações com a campanha de vacinação mais avançada, caso de Portugal e Dinamarca, a taxa de mortalidade das últimas semanas segue bem mais baixa em comparação com os locais onde a cobertura segue muito abaixo do ideal, como Bulgária e Romênia.

 

Em uma projeção divulgada na terça-feira (23/11), a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que, se nada for feito, a Europa pode contabilizar cerca de 700 mil mortes pela doença durante a temporada de inverno, que começa em dezembro. Até o momento, o continente tem cerca de 1,5 milhão de óbitos pela covid-19.

 

A OMS também afirmou que parte desses óbitos pode ser evitada com o reforço de algumas ações básicas: o avanço da vacinação, o uso de máscaras e a prevenção de aglomerações.

 

"Para convivermos com o vírus e continuarmos com nossas rotinas, precisamos de uma abordagem que envolva as vacinas e as demais medidas", discursou Hans Kluge, diretor regional da OMS na Europa.

 

"Todos nós temos a oportunidade e a responsabilidade de ajudar a evitar essa tragédia desnecessária e a perda de vidas, limitando os abalos à sociedade e à economia durante o inverno."

 

De acordo com os especialistas, isso se deve em parte à onda devastadora do primeiro semestre, que infectou muita gente e, por consequência, gerou um nível de imunidade considerável entre os que sobreviveram.

 

O respeito ao uso de máscaras e a manutenção de algumas medidas e políticas públicas, que mantiveram estabelecimentos com operação reduzida por boa parte do ano, também contribuíram.

 

Por fim, foi crucial a adesão do povo à vacinação. No momento, 61% dos brasileiros já estão totalmente imunizados.

 

"Isso foi determinante para a gente ter um maior controle sobre a pandemia", considera a epidemiologista Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo.

 

Essa transformação no cenário pandêmico fez com que recentemente muitas cidades e Estados brasileiros aliviassem as restrições e chegassem a anunciar até a liberação do uso de máscaras, movimento parecido ao que foi feito na Europa meses atrás.

 

Na opinião de Bastos, da Fiocruz, a comparação entre o que acontece no Brasil e na Europa não é justa por causa de uma diferença fundamental entre os dois lugares: a realização de testes para detectar os casos leves de covid-19.

 

Nosso país não desenvolveu como outras partes do mundo um amplo programa de testagem, capaz de identificar os pacientes com sintomas iniciais ou menos graves, que não exigem uma avaliação médica.

"No Brasil, as estatísticas sobre os quadros de covid leves são pobres, ruins e subnotificadas", diz o pesquisador.

 

 

E as festas?

 

Por fim, é preciso considerar os eventos e as datas comemorativas que ocorrem entre o final e o início do ano, como Natal, Ano Novo e Carnaval.

 

Esses momentos são marcados por festas e encontros entre familiares e amigos, onde há maior risco de transmissão do coronavírus.

 

Os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil entendem que essas ocasiões representam uma ameaça, mas é difícil pedir que as pessoas continuem em completo isolamento após tantos meses de restrições.

 

No entanto, é possível pensar em adaptações e cuidados. Entram aqui novamente as recomendações de uso de máscara e a realização de encontros em locais abertos ou com boa circulação do ar.

 

"E precisamos colocar cada data em contexto. Passar o Natal em família, num grupo reduzido, é muito diferente de comemorar o Réveillon na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, cercado de dezenas de milhares de outras pessoas", compara Bastos.

 

Embora um pouco mais distante, o Carnaval também já levanta discussões acaloradas, e não há muita certeza de como estará a situação no Brasil no final de fevereiro.

Com informações da BBC News Brasil em São Paulo

 

Sexta-feira, 26 de novembro 2021 às 11:23


  A pandemia ainda não acabou, proteja-se e proteja a quem você ama.

 

 

25 novembro, 2021

INCA ALERTA POPULAÇÃO PARA RISCOS DO CÂNCER DO INTESTINO

 


Por ocasião da data que marca o Dia Nacional de Combate ao Câncer, 27 de novembro, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) lança campanha alertando a sociedade para os riscos da doença quando atinge o intestino.

 

A iniciativa, com o tema Câncer de Intestino: O Que Você Precisa Saber?”, será trabalhada pelo Inca no fim deste ano e ao longo do próximo, com material de esclarecimento, peças publicitárias e eventos.

 

 A campanha foi lançada na quinta-feira (25/11) com um seminário transmitido pelo canal do Inca no YouTube. As palestras foram gravadas e estão disponíveis para quem deseja saber mais sobre o tema.

Segundo o instituto, 30% de novos casos de câncer de intestino podem ser associados à má alimentação, ao excesso de peso, à inatividade física e ao excesso de bebida alcóolicas. Por isso, a prevenção tem papel importante diante do crescimento do sobrepeso e obesidade no país.

 

Entre 2003 e 2019, o número de obesos com 20 anos ou mais passou de 12,2% para 26,8%, mais que dobrou em menos de 20 anos. A obesidade atinge uma em cada quatro pessoas com mais de 18 anos. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019.

 

O Instituto Nacional do Câncer destaca que a doença é tratável. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental para que o tratamento do câncer de intestino seja eficaz. Um dos desafios é fazer com que a população tenha mais conhecimento da doença, identificando sintomas e aspectos desse tipo de câncer.

 

No seminário virtual, a chefe da Divisão de Vigilância e Análise de Situação da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca, Marianna Cancela, apresentou a situação do câncer de intestino, a terceira neoplasia mais comum entre os brasileiros.

 

A estimativa de mortalidade de pessoas com mais de 15 anos dela doença é de 160 mil entre 2026 e 2030, sendo 82,4 mil entre mulheres e 79,4 mil entre homens.

 

Na comparação com o início dos anos 2000 (2001 a 2005), os números projetados para o fim desta década podem significar um aumento de três vezes, no caso dos homens, e de 2,6 vezes, no das mulheres. “Aproximadamente 6 milhões de anos de vida serão perdidos entre 2021 e 2030”, lamentou Masrianna Cancela.

 

Atualmente, entre os homens, o câncer de manifestação mais comum é o de próstata, com 29,2% dos casos. Entre as mulheres, o tipo mais frequente de câncer é o de mama, com 29,7% dos registros.

 

Os principais sintomas do câncer do intestino são sangue nas fezes, diarreia, prisão de ventre, dor de barriga, fraqueza, anemia, perda de peso sem um motivo aparente, fezes finas e compridas e tumoração no abdômen. (ABr)

Quinta-feira, 25 de novembro 2021 às 16:12