Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

Seja nosso seguidor

Seguidores

03 abril, 2021

BUROCRACIA INSANA

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu, na quinta-feira (1º/4), à noite, o pedido de uso emergencial de um medicamento contra a covid-19. O remédio representa esperança de sobreviver à doença que tem matado em média 3,1 mil brasileiros por dia, no total até agora de 328 mil pessoas, mas a Anvisa já avisou que tem no mínimo 30 dias para analisar o pedido. Mas o prazo deve ser ainda maior.

 

A legislação brasileira reduziu para 7 dias o prazo para análise de vacinas e remédios de combate à Covid, mas o Congresso concedeu à Anvisa a prerrogativa de regulamentar a lei, aprovada recentemente. Nessa regulamentação, a agência neutralizou o prazo fixado em lei. O prazo continua sendo o que a Avisa quiser.

 

O produto cujo pedido de uso emergencial foi solicitado é uma combinação dos medicamentos biológicos (casirivimabe e imdevimabe) da Produtos Roche Químicos e Farmacêuticas. Apesar da urgência que o caso requer, a Anvisa informou que levará três dias só para realizar a “triagem dos documentos” anexados no pedido.

 

A lei prevê a liberação do uso emergencial de remédio vacina que tenham sido aprovados em agência reguladora de outro país e cujos ensaios clínicos tenham sido publicados em revista científica. O remédio contra Covid atendeu a ambos os requisitos. Foi aprovado pela mais importante agência do gênero no mundo, a norte-americana Food and Drug Administration (FDA)

 

As primeiras 72 horas serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e verificar se os documentos necessários estão disponíveis, explica a agência.

 

Foram entregues pela empresa 3.626 páginas de dados e informações sobre o medicamento. Mas a Anvisa ameaça solicitar ainda mais papelada, como tem feito com laboratórios que solicitam usam emergencial de vacinas “Se houver informação importante faltando, a Anvisa pode solicitar ao laboratório”, informa a agência.

 

A Anvisa também avisou que o prazo de análise é de até 30 dias, sendo que “não é considerado o tempo do processo em status de exigência técnica”, que é quando o laboratório precisa responder questões técnicas feitas pela agência. Na prática, o prazo de 30 dias pode ser prorrogado indefinidamente.

 

Para fazer a avaliação, a Anvisa utilizará o relatório técnico emitido pela autoridade americana Food and Drug Administration (FDA), os dados do processo e as informações apresentadas na reunião de pré submissão à Anvisa.

 

De acordo com a agência, a análise do pedido de uso emergencial é feita por uma “equipe multidisciplinar” que envolve “especialistas das áreas de registro, monitoramento e inspeção”, ou sejam, apenas burocratas que lidam com papéis e carimbos.

 

“A Anvisa atua conforme os procedimentos científicos e regulatórios, que devem ser seguidos por aqueles que buscam a autorização de medicamentos para serem utilizadas na população brasileira”, concluiu a agência.

*O Diário do Poder

Sábado,03 de abril, 2021 ás 18:00 


 

02 abril, 2021

FIOCRUZ ENTREGA HOJE 1,3 MILHÃO DE DOSES DA VACINA OXFORD-ASTRAZENECA

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entrega sexta-feira (2/4) cerca de 1,3 milhão de doses de vacinas Oxford-AstraZeneca ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). O cronograma pactuado com o Ministério da Saúde seguirá o esquema de entregas semanais e está sujeito à logística de distribuição definida pela pasta, além dos protocolos de controle de qualidade, informou a assessoria de imprensa da Fiocruz.

 

Por intermédio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), a instituição entregou, até o último dia 31 de março, mais de 2,8 milhões do imunizante. Com a entrega de hoje, a Fiocruz totaliza mais de 4,1 milhões de vacinas produzidas e disponibilizadas ao Ministério da Saúde.

 

A assessoria informou, ainda, que a fundação continua trabalhando no escalonamento da produção, visando alcançar a capacidade de 1 milhão de vacinas por dia. Ainda esta semana, a Fiocruz deve receber mais um lote de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), suficiente para a produção de 5,5 milhões de doses. (ABr)

Sexta-feira,02 de abril, 2021 ás 13:12


 

01 abril, 2021

COM SAÚDE EM COLAPSO, BRASIL TEM MÊS MAIS MORTAL NA PANDEMIA


O Brasil registrou 66.573 óbitos causados pelo novo coronavírus em março de 2021, de acordo com o balanço do Ministério da Saúde, e teve seu mês mais mortal desde o início da pandemia.

 

O recorde anterior era de julho de 2020, quando haviam sido contabilizados 32.881 mortes. De acordo com a Universidade Johns Hopkins, o Brasil teve em apenas um mês mais mortes do que 172 dos outros 181 países ou territórios que registram óbitos desde o início da pandemia.

 

O único nove que superam o saldo de vítimas brasileiras em março são: EUA (552.073), México (203.210), Índia (162.927), Reino Unido (126.955), Itália (109.346), Rússia (97.594), França (95.798), Alemanha (76.589) e Espanha (75.459).

 

Na última quarta-feira (31), o Brasil bateu seu recorde de mortes em 24 horas, com 3.869, e o número de novos casos seguiu elevado, com 90.638. Atualmente, o país tem a segunda maior cifra de óbitos no mundo em termos absolutos (321.515) e o 18º em índices relativos (153 mortes/100 mil habitantes).

 

Em meio a esse cenário caótico, a vacinação caminha a passos lentos para conter a pandemia. Passados dois meses e meio da primeira dose aplicada no Brasil, o país contabiliza 17,7 milhões de pessoas parcialmente vacinadas, o que representa menos de 10% da população nacional.

 

Quando se leva em conta aquelas que já tomaram as duas doses, o número é pouco maior que 5 milhões, ou seja, 2,4% do total de habitantes do Brasil. De acordo com o último boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 17 estados e o Distrito Federal têm mais de 90% de ocupação nas UTIs para Covid-19 no SUS.

 

Outros sete estados apresentam taxas acima de 80%, enquanto apenas dois, Amazonas (76%) e Roraima (62%) estão fora do patamar de alerta crítico.

 

Fonte: Saúde – ig

Quinta-feira,01 de abril, 2021 ás 11:30