Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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02 dezembro, 2017

PF DIZ QUE IRMÃO DE EX-GOVERNADOR PEDIU PROPINA A EMPREITEIRAS




A Polícia Federal revelou que delatores acusaram o empresário Elias Vilela de pedir propina às construtoras OAS e Odebrecht, em nome de seu irmão e ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Ambos foram ouvidos nesta sexta-feira (1º), no âmbito do Inquérito da Operação Caribdis, que evidenciou o suposto pagamento de propina de R$ 2,1 milhões ao ex-governador tucano, para beneficiar as empresas na obra do Canal do Sertão Alagoano.

Além dos irmãos Vilela, o engenheiro da empresa Cohidro, Geronimo Leonel, também foi ouvido. E a revelação de que Elias seria o intermediário da propina foi do delegado chefe do Núcleo de Inteligência da Polícia Federal em Alagoas, Antônio Carvalho.

Todos os depoentes negaram recebimento de propina das empreiteiras, para favorecer as construtoras dos trecho 3 e 4 do Canal do Sertão, que registra R$ 70 milhões de prejuízo. E até confirmaram participação em reuniões com os representantes das construtoras, mas para tratar de “assuntos institucionais”.

“Os colaboradores da Odebrecht afirmaram que foi o irmão dele, o senhor Elias Vilela, que teria solicitado vantagem indevida, ou seja, solicitado propina. E não vejo nenhuma justificativa para uma pessoa que trabalha no ramo da cana-de-açúcar fazer parte de uma reunião com empreiteiros que trabalham na construção civil. Ele [Elias Vilela] resolveu permanecer na reunião, porque tinha interesse na obra. Que ele é um entusiasta da obra do Canal do Sertão e queria saber as tratativas”, disse Antônio Carvalho, em entrevista à TV Gazeta.

Elias Vilela é pai do deputado federal Pedro Vilela (PSDB).

A OPERAÇÃO

A Operação Caribdis foi deflagrada na última quinta-feira (30) e busca provas sobre a suposta propina que teria sido paga a Téo Vilela em três parcelas de R$ 1 milhão, R$ 906 mil e R$ 150 mi, identificadas na planilha do esquema como destinada a “Bobão”, apelido criado para o tucano.

A PF ainda investiga o atual secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Marco Fireman, que foi titular da Infraestrutura do governo tucano, no período das investigações, e ainda Fernando Nunes, ex-secretário executivo da Infraestrutura.

O Diário do Poder obteve apenas o posicionamento do ex-governador Teotonio Vilela Filho, sobre os fatos relatados na investigação. Segue a nota:

O ex-governador Teotonio Vilela Filho tem consciência de que não praticou nenhum crime e que a verdade será restabelecida.

Em coerência com a sua história de vida pessoal e política, o ex-governador assegura ser o maior interessado na elucidação dessas investigações e que continuará à disposição das autoridades, contribuindo no que for preciso.

(Assessoria de Comunicação do ex-governador Teotonio Vilela)

Sábado, 2 de dezembro, 2017 ás 07hs00

01 dezembro, 2017

PROPOSTA PREVÊ MENOS PODER AO PRÓXIMO PRESIDENTE DO PSDB



Além de alçar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao comando do partido, o PSDB vai colocar em votação, na reunião da Executiva Nacional marcada para o próximo dia 9, uma proposta de estatuto que prevê menos poder ao próximo presidente. As mudanças, segundo dirigentes da sigla, são uma tentativa de “virar a página” e evitar novos desgastes, como as críticas envolvendo a recondução do senador Aécio Neves (PSDB-MG) na presidência da legenda.

Entre as alterações está o fim da reeleição para o comando da sigla e uma nova forma de gestão do orçamento do partido. Pela proposta, apresentada nesta quinta-feira, 30, durante reunião em Brasília, ficou definido que a distribuição dos recursos passará por decisão dos membros da Executiva, formada por 24 integrantes, e não mais pelo presidente do partido, que poderá gerir uma parcela de, no máximo, R$ 50 mil por mês.

Além do valor mensal que a sigla recebe do Fundo Partidário (neste ano foi de R$ 5,6 milhões por mês, em média), caberá aos membros da Executiva a partilha do fundo eleitoral que vai bancar as campanhas do ano que vem. Pelas contas de assessores parlamentares, o PSDB terá cerca de R$ 200 milhões para dividir entre todos os seus candidatos em 2018.

A falta de critérios claros para a divisão dos recursos foi uma das críticas ao texto da reforma política aprovado em setembro pelo Congresso. A avaliação na época foi de que ela deixa margem para que a cúpula dos partidos privilegie alguns nomes.

Compliance

No estatuto, também ficaria contemplada a implementação do sistema de compliance (regras de boas práticas e condutas), porém os termos ficariam a critério da nova Executiva, que será eleita no próximo dia 9. A ideia é designar uma espécie de gestor de compliance independente que não poderia ser filiado ao PSDB nem ter parentesco com membros da legenda. “São mudanças que têm o objetivo de modernizar o PSDB, de dar uma cara nova para o partido”, afirma a deputada federal Yeda Crusius (RS), vogal da legenda.

Alguns integrantes da Executiva, no entanto, consideraram o assunto como ainda “novo” e pediram mais tempo para analisar a proposta. Entre eles está o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, vice-presidente da legenda, que pediu explicações ao deputado Carlos Sampaio (SP), um dos idealizadores do plano de compliance. Uma nova reunião deve ocorrer na próxima semana. (AE)

Sexta-feira, 1º de novembro, 2017 ás 10hs30

29 novembro, 2017

ALCKMIN E TEMER VÃO ACERTAR DESEMBARQUE DO PSDB DO GOVERNO




Pré-candidato do PSDB à Presidência, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, confirmou nesta terça (28) que os tucanos vão desembarcar do governo quando ele assumir o comando do partido, o que deve ocorrer na convenção do próximo dia 9. O tom das declarações de Alckmin incomodou o Palácio do Planalto e levou o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), a cobrar respaldo na transição até 2018. O presidente Michel Temer vai conversar com o governador, no próximo sábado, em Limeira (SP), para acertar quando será a saída do PSDB.

O desconforto no Planalto foi provocado principalmente pelo fato de Alckmin dizer que, se dependesse dele, a sigla nem teria se aliado a Temer. “Eu sempre fui contra participar do governo. Acho que não tinha razão para o PSDB participar, indicar ministro”, afirmou o governador, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Alckmin lembrou que o tucano Bruno Araújo já deixou o Ministério das Cidades, disse que “outros terão de sair pelo prazo de desincompatibilização” e pregou uma “política diferente” de agora em diante. “Mas votaremos medidas de interesse do país, independentemente de termos cargos, ministérios ou participar do governo”, insistiu.

Questionado se o PSDB abandonaria Temer, Alckmin foi evasivo. “Abandonar no sentido de não ter compromisso, não. Porque temos compromisso, responsabilidade e temos de dar sustentação na Câmara e votar projetos de interesse do País”, argumentou ele.

Na avaliação de auxiliares de Temer, o governador começou a dar “sinais dúbios” em sua campanha. O Planalto e a cúpula do PMDB têm interesse em montar uma frente de centro-direita com partidos como PSDB, DEM, PP, PR, PSD e PRB para disputar a eleição presidencial de 2018, mas ainda há um clima de mágoa e desconfiança em relação aos tucanos.

“Prefiro acreditar que o PSDB vai ter juízo e somar forças para ajudar a gente a concluir essa transição. Alckmin tem de conversar com os outros partidos e dizer a que veio”, afirmou Jucá. “Existe chance para fazermos uma coligação com os tucanos, mas isso depende das ações. Queremos saber, por exemplo, como o PSDB vai votar na reforma da Previdência. Na política, os atos valem mais do que as palavras.”

Embora Alckmin tenha falado novamente em desembarque, na prática não se sabe como será essa saída. O ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, deve ser substituído pelo deputado Carlos Marun (PMDB), mas pode ser deslocado para outro posto na equipe. Luislinda Valois (Direitos Humanos) vai deixar o cargo em breve e Aloysio Nunes Ferreira permanecerá no Itamaraty.

“Essa questão do desembarque já está superada. É um falso dilema. Falta só marcar a data”, amenizou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), principal fiador da participação dos tucanos na gestão Temer. “Levar esse tema à convenção é um desrespeito ao próprio PSDB. O que temos de discutir é o leque de alianças que o PSDB deve buscar.”

‘Jim Jones’

Para Jucá, o governador de São Paulo terá o desafio de enfrentar a pressão dos chamados “cabeças-pretas”, que defendem o afastamento do governo, se quiser ter mais adiante o apoio do PMDB. “Os cabeças-pretas querem que Alckmin tome o ponche do Jim Jones”, ironizou o senador, em uma referência ao pastor que convenceu mais de 900 pessoas a se matar na Guiana, em 1979.

Na avaliação do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), pré-candidato ao governo da Bahia, o fato de o PSDB “se arrumar” internamente é o primeiro passo para a construção de uma aliança em 2018. “Mas isso não significa que as coisas serão automáticas. Se quiser parceria, em algum momento o PSDB terá de nos procurar”, disse ele. (AE)

Quarta-feira, 29 de novembro, 2017 ás 11hs00