Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

Seja nosso seguidor

Seguidores

21 junho, 2017

JUIZ FEDERAL DO DF REJEITA QUEIXA-CRIME DE TEMER CONTRA JOESLEY



O juiz federal Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara do Distrito Federal, rejeitou queixa-crime do presidente Michel Temer contra o empresário da JBS, Joesley Batista.

Temer havia oferecido a ação contra o executivo por injúria, calúnia e difamação, após entrevista concedida por Joesley à Revista Época em que o peemedebista foi chamado de "chefe de uma organização criminosa". Em outra ação, o presidente Michel Temer chegou a pedir indenização por danos morais a Joesley Batista.

"Patente, por conseguinte, a atipicidade das condutas narradas (calúnia, difamação e injúria) e a ausência de justa causa para se instaurar a ação criminal, fato que impõe a rejeição da queixa-crime", anota o magistrado.
Segundo o documento dos advogados de Temer, Joesley "é o criminoso notório de maior sucesso na história brasileira".

"Conseguiu enriquecer com práticas pelas quais não responderá e mantém hoje seu patrimônio no exterior com o aval da Justiça. Imputa a outros os seus próprios crimes e preserva seus reais sócios", sustentava a defesa, em alusão aos generosos termos do acordo de delação premiada do empresário com a Procuradoria-Geral da República.

O juiz federal da 12ª Vara disse não ver, na entrevista de Joesley à Época, "a vontade específica de macular a imagem de alguém".

"O inequívoco intento do QUERELADO é o de corroborar as declarações que prestou ao Ministério Público Federal, as quais, se confirmadas, indicam o cometimento de crimes pelo ora QUERELANTE", afirma Marcus Vinícius Reis Bastos.

Destacando o direito de liberdade de expressão, o magistrado também disse não haver, na entrevista, crime de injúria. Joesley segundo ele, "narrou fatos e forneceu o entendimento que tem sobre eles, ação que se mantém nos limites de seu direito constitucional de liberdade de expressão".

"Observo que manifestação eventualmente ofensiva feita com o propósito de informar, debater ou criticar, desiderato particularmente amplo em matéria política, não configura injúria", frisou o magistrado.

Quarta-feira, 21 de Junho, 2017 as 9hs00

20 junho, 2017

EM RITMO DESACELERADO, SEMANA COMEÇA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS




A semana na Câmara dos Deputados começa, na verdade, nesta terça (20), com uma agenda um pouco mais cheia. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania faz uma reunião extraordinária para votar a PEC 227/16 que prevê eleições diretas no caso de vacância da Presidência da República. Também estão marcadas votações em Plenário.

As comissões de Seguridade Social e Família; de Viação e Transportes; de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Educação; Especial sobre Planos de Saúde (PL 7419/06); Especial que torna Permanente o Fundeb (PEC 15/15); de Fiscalização Financeira e Controle; e de Finanças e Tributação; de Direitos Humanos e Minorias; Especial que altera a Lei Kandir (PLP 221/98); Externa sobre a situação Hídrica dos Municípios do Ceará; Especial de Inovação Tecnológica da Saúde; Especial sobre a União Remunerar Agentes Comunitários (PEC 22/11); Externa da Situação hídrica dos municípios do estado do Ceará promovem audiências públicas.

Para votar projetos e requerimentos se reúnem as comissões de Defesa do Consumidor; de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; de Minas e Energia; de Defesa dos Direitos da Mulher; de Desenvolvimento Urbano; de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Cultura; de Seguridade Social e Família; de Educação; Especial Escola sem Partido (PL 7180/14); e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

As comissões de Legislação Participativa e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável realizam seminários. Areciam planos de trabalho e relatórios as comissões Mista sobre a MP 783/17; Mista sobre a MP 780/17; Especial que veda Coligação Partidária em Eleições (PEC 282/16); e Mista sobre a MP 771/17.

Na pauta do dia está ainda a apresentação do plano de trabalho do deputado Ronaldo Martins (PRB-CE), relator do processo em desfavor do deputado Delegado Éder Mauro (PSD-PA), no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. O conselho realiza ainda oitavas das testemunhas no processo contra o deputado paraense.

A Comissão Especial sobre o Código de Processo Penal (PL 8045/10) apresenta o parecer do Deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA). Já a Comissão Mista sobre a MP 773/17 vota o relatório do deputado Gabriel Guimarães (PT-MG), e a Mista sobre a MP 779/17 realiza eleição de presidente e vice-presidente.

Para encerrar a agenda do dia, a Comissão Especial sobre Criação de Municípios (PLP 137/15) se reúne para definir o cronograma de trabalho da comissão.

Terça-feira, 20 de Junho, 2017 as 07hs30

17 junho, 2017

PF APREENDE RECIBOS DE OFFSHORE COM CORONEL APOSENTADO



A Polícia Federal encontrou 17 recibos relacionados a uma offshore na casa do coronel aposentado João Baptista Lima Filho, amigo do presidente Michel Temer e alvo da Operação Patmos. Os investigadores vão agora apurar a origem dos documentos.

Os recibos foram recolhidos na residência de Lima Filho, durante busca e apreensão, em São Paulo. A operação foi realizada em maio deste ano - a Patmos, que tornou Temer investigado por corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa, foi deflagrada no dia 18 de maio.

Lima Filho passou a ser investigado após a delação de Joesley Batista, acionista do Grupo J&F, apontá-lo como responsável por receber parte dos valores de propina supostamente destinada a Temer. Os recibos são relacionados a offshore Langley Trade Co. S.A.

Na Receita Federal, a Langley está registrada como empresa domiciliada em Montevidéu, capital do Uruguai. No banco de dados do Panamá Papers, do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, que teve participação de jornalistas do Estado, o endereço está atrelado ao escritório Zolkwer y Asociados.

Delação

No acordo de colaboração dos executivos da J&F, o contador Florisvaldo Caetano de Oliveira, apontado pela JBS como responsável por entregar dinheiro a políticos, relatou ao menos dois encontros com Lima Filho. O primeiro, segundo Oliveira, teve como objetivo conhecer o destinatário, chamado de “coronel” e combinar a forma de entrega dos valores. No segundo encontro, o contador afirmou ter entregue R$ 1 milhão em espécie para Lima Filho.

Outro delator, o diretor de Relações Institucionais da J&F, Ricardo Saud, entregou uma série de documentos à Procuradoria-Geral da República mostrando que o endereço citado por Oliveira era o da empresa Argeplan Arquitetura e Engenharia, cujo dono é o amigo de Temer. A Argeplan integra um consórcio que ganhou concorrência em 2012 para executar serviços na Usina de Angra 3. As obras são investigadas na Lava Jato.

A reportagem procurou Lima Filho na Argeplan por telefone, mas foi informada de que a empresa não operou e não haveria ninguém para responder.

Sábado, 17 de Junho, 2017 as 21hs00