Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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21 setembro, 2017

PGR É FAVORÁVEL AO ENVIO DA SEGUNDA DENÚNCIA CONTRA TEMER À CÂMARA




A procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, enviou, antes do início da sessão, aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) seu posicionamento favorável ao encaminhamento da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, a Câmara dos Deputados.

Dodge afirma que como a Constituição é rigorosa, “Não há lugar, portanto, para impugnar a viabilidade da denúncia fora deste rito constitucional, antes da decisão da Câmara dos Deputados”. E completa, “O recebimento da denúncia, portanto, é o primeiro ato decisório a ser praticado pelo Supremo Tribunal Federal, desde que tenha prévia autorização da Câmara dos Deputados”.

Raquel finaliza o memorial reiterando que não deve ser atendido o pedido de sustação do trâmite da denúncia.



Defesa de Temer recorre ao STF

A defesa do presidente Michel Temer protocolou, no início da tarde, no Supremo outro pedido para que a segunda denúncia retornasse à PGR. Alegação é a mesma, a de que Temer, enquanto ocupar o cargo de presidente, não pode ser investigado por fatos ocorridos antes que ele assumisse a presidência da República.

Quadrilhão do PMDB

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot apresentou a segunda denúncia contra o presidente Temer na última terça-feira (14). A denúncia tem como base as delações de executivos do grupo J&F e do doleiro Lucio Funaro.

Michel Temer foi denunciado pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. Janot aponta Temer como líder da organização criminosa, “Quadrilhão do PMDB”.

Quinta-feira 21 de setembro, 2017 ás 00hs05

20 setembro, 2017

TCU PASSA PENTE-FINO NA COBRANÇA DAS BANDEIRAS TARIFÁRIAS NA CONTA DE LUZ



O Tribunal de Contas da União (TCU) vai passar um pente-fino na cobrança das bandeiras tarifárias incluídas na conta de luz. A auditoria sobre os períodos de cobrança extra a todos os consumidores de energia foi decidida após o tribunal coletar indícios de que, na prática, as bandeiras não têm inibido o consumo da população para prevenir eventuais racionamentos, o objetivo principal da medida. Servem apenas como mais uma ferramenta de arrecadação de recursos.

O argumento central que embasou a criação das bandeiras tarifárias, em maio de 2015, era adotar um mecanismo mensal que desse um "sinal de preço" para a população, ou seja, um critério que sensibilizasse o usuário para reduzir o consumo. Pelas regras atuais, há quatro bandeiras em vigor. Na bandeira verde, não há taxa extra. A faixa amarela custa R$ 2,00 para cada 100 kilowatts (kWh) consumidos. Esse valor sobre para R$ 3 na bandeira vermelha "patamar 1" e para R$ 3,50 na bandeira vermelha "patamar 2".

O que os indícios mostram é que, na média, seja qual for a bandeira tarifária em vigor, a população mantém o mesmo consumo. A própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já fez alterações de preços e de patamares das bandeiras, na tentativa de calibrar a cobrança e ter um resultado mais efetivo.

A auditoria, que tem como relator o ministro Aroldo Cedraz, deve ser concluída em dezembro. Nesta semana, uma equipe do TCU se reuniu com representantes da Aneel para tratar do assunto. Também será avaliado como as bandeiras têm socorrido as distribuidoras de energia elétrica. Em 2015, as cobranças extras tiveram um superávit de R$ 1,1 bilhão em relação às previsões iniciais, mas no ano passado apresentaram um déficit de R$ 1,6 bilhão. A missão básica das bandeiras é cobrir os rombos financeiros causados pelo "risco hidrológico", termo usado para classificar o nível de água nos principais reservatórios das hidrelétricas, situação que obriga o acionamento das usinas térmicas, que são mais caras. Daí a criação das bandeiras para pagar essa geração de energia.

As bandeiras tarifárias foram criadas no embalo do que o governo batizou de "realismo tarifário". O que se fez foi retirar do Tesouro Nacional o ônus de bancar as contas bilionárias do setor elétrico - resultado do desarranjo causado durante o processo conturbado de renovação das concessões -, passando essa dívida para as contas de luz.

Vermelho 2. Em outubro, a Aneel deve voltar a acionar a bandeira vermelha. Atualmente, vigora a bandeira amarela. Para decidir maneiras de atender à demanda de forma mais barata e eficiente, integrantes do governo federal e de órgãos do setor elétrico vão se reunir hoje em reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), em Brasília.

De acordo com o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, não está descartada a possibilidade de que seja acionado o segundo patamar da bandeira vermelha, que adiciona R$ 3,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.

"O regime hidrológico é desfavorável, o custo da energia é crescente e o custo de acionamento das térmicas mais caras, dentro ou fora da ordem de mérito, vai elevar o custo da geração de energia", afirmou Rufino. "É possível que no mês que vem possamos acionar a bandeira vermelha no patamar 2? É possível." (AE)

Quarta-feira 20 de setembro, 2017 ás 10hs00

19 setembro, 2017

RAQUEL DODGE ASSUME PGR COM DISCURSO DE COMBATE À CORRUPÇÃO




Raquel Dodge assumiu a Procuradoria-Geral da República e a presidência do Conselho Nacional do Ministério Público, na manhã desta segunda-feira (18). O termo de possse foi assinado por ela e pelo presidente Michel Temer, em cerimônia da PGR. O ex-procurador-geral, Rodrigo Janot não participou da cerimônia.

Em seu discurso de posse, Dodge disse que o Ministério Público tem “o dever de cobrar dos que gerenciam o gasto público que o façam de modo honesto, eficiente e probo, ao ponto de restabelecer a confiança das pessoas nas instituições de governança”.

Sobre este assunto, ela citou uma fala do papa Francisco, na qual o pontífice ensina que “a corrupção não é um ato, mas uma condição, um estado pessoal e social, no qual a pessoa se habitua a viver”, disse.

“O corrupto está tão fechado e satisfeito em alimentar a sua autosuficiência que não se deixa questionar por nada nem por ninguém. Constituiu uma autoestima que se baseia em atitudes fraudulentas. Passa a vida buscando os atalhos do oportunismo, ao preço de sua própria dignidade e da dignidade dos outros. A corrupção faz perder o pudor que protege a verdade, a bondade e a beleza”, acrescentou.

Segundo Dodge, não têm faltado meios orçamentários nem instrumentos jurídicos para que o MP cumpra seu papel constitucional. “Estou certa de que o MP continuará a receber do Poder Executivo e do Congresso Nacional o apoio indispensável ao aprimoramento das leis e das instituições republicanas e para o exercício de nossas atribuições”.

Ela destacou que o MP tem o dever desempenhar bem todas suas funções, uma vez que elas são necessárias para muitos brasileiros. “A situação continua difícil pois [os brasileiros] estão expostos à violência e à insegurança pública, recebem serviços públicos precários, pagam impostos elevados, encontram obstáculos no acesso à Justiça, sofrem os efeitos da corrupção, têm dificuldade de se auto-organizar, mas ainda almejam um futuro de prosperidade e paz social”.

Membro do Ministério Público Federal desde 1987, Raquel Dodge é primeira mulher a exercer o cargo de procuradora-geral da República. Para vice-procurador-geral da República, ela escolheu o subprocurador-geral da República Luciano Maris Maia. Ela foi indicada na lista tríplice enviada ao presidente da República após eleição da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Raquel Dodge foi a segunda mais votada, ficando atrás de Nicolao Dino.

Rodrigo Janot, que deixa o cargo, não compareceu à posse.  De acordo com dados referentes ao segundo período de Janot na Procuradoria, que comandou de 2013 a 2017, na área criminal, que envolve a Operação Lava Jato, foram feitos 242 pedidos de abertura de inquérito, 98 pedidos de busca e apreensão, de interceptações telefônicas e quebras de sigilo bancário e 66 denúncias foram enviadas à Justiça (inclusive duas contra o presidente Temer). (ABr)

Terça-feira 19 de setembro, 2017 ás 00hs05