Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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06 junho, 2017

ACIRRAMENTO DA CRISE POLÍTICA FAZ TEMER CRIAR NOVO ‘NÚCLEO DURO’




Para tentar dar respostas ao agravamento da crise política, o presidente Michel Temer passou a consultar com mais frequência aliados que, antes, mesmo fazendo parte do governo, tinham menos “protagonismo”. Temer tem feito, pelas manhãs, uma espécie de reunião de coordenação política com seus novos “conselheiros”.

Fazem parte do grupo os ministros Torquato Jardim (Justiça), Raul Jungmann (Defesa) e Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional). Os três, juntamente com os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil) – os mais próximos de Temer – têm ajudado a definir as estratégias e ações do Palácio do Planalto.

De fora do governo, o presidente conta, diariamente, com a ajuda do criminalista Antônio Claudio Mariz de Oliveira, advogado e amigo. Mariz, que chegou a ser convidado para assumir cargo no governo, vem exercendo papel crucial nas estratégias de Temer e é responsável pela defesa no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o peemedebista.

Ao lado de Mariz, mas sem a mesma interlocução direta com o presidente, está o advogado Gustavo Guedes, escalado pelo Planalto para atribuir ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, uma tentativa de influenciar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Núcleo jurídico

A chegada de Torquato Jardim à Justiça reforçou o time de “advogados de Temer”. Ainda nesse núcleo jurídico tem ganhado espaço no gabinete do presidente o subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, que despacha várias vezes por dia com Temer.

A formação de um novo “núcleo duro” coincide com baixas importantes do entorno de Temer. Após perder o então assessor José Yunes no fim do ano passado, citado em delação da Odebrecht, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), também ex-assessor do presidente, foi preso no sábado, implicado na delação da JBS. Tadeu Filippelli, alvo de operação que apura fraudes no estádio Mané Garrincha, foi exonerado do cargo no Planalto.

Em março, Loures já tinha deixado a assessoria especial de Temer para assumir a vaga de Osmar Serraglio (PMDB-PR) na Câmara, nomeado naquele momento para a Justiça, cargo que perdeu para Torquato. Loures, considerado homem de confiança de Temer, se apresentava no Congresso como os “olhos do presidente nas votações”. Ele foi flagrado, em ação controlada da Polícia Federal sobre executivos da JBS, carregando uma mala de dinheiro.

‘Analistas’

A ineficiência de Serraglio na Justiça fez com que o presidente recorresse a Jungmann e Etchegoyen, considerados “bons analistas”. Etchegoyen, no fim de semana retrasado, foi convocado por Temer para duas reuniões no Jaburu. Jungmann foi escalado para responder aos atos realizados em Brasília contra o governo que terminaram em confronto entre policiais e manifestantes.

O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, chegou sob desconfiança, mas, agora, a avaliação é de que o tucano “é baiano silencioso, mas que tem entregado resultado”. (AE)

Terça-feira, 6 de Junho, 2017 as 13hs30

05 junho, 2017

MORO OUVE TESTEMUNHAS-BOMBA DE PROPINAS



Duas das mais decisivas testemunhas contra o ex-presidente Lula serão interrogadas nesta segunda-feira (5/6) em Curitiba pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato o ex-deputado Pedro Corrêa (PP) será ouvido às 10h, e o empresário Emílio Odebrecht, às 14h.

Lula é acusado de receber, como propina, um terreno para construir a nova sede do Instituto Lula, alem de um apartamento de cobertura vizinho ao que ele mora, em São Bernardo do Campo (SP). Os imóveis foram comprados pela Odebrecht em troca de contratos adquiridos pela empresa na Petrobras.

Lula é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, juntamente a utras sete pessoas. A ex-primeira dama Marisa Letícia que era acusada, foi oficialmente excluída do processo após o seu falecimento.

O Ministério Público Federal sustenta que em novembro de 2012 a Construtora Norberto Odebrecht pagou a Lula R$ 12.422.000, a título de propina, por meio da aquisição do imóvel onde seria construída nova sede do Instituto Lula, em São Paulo. O valor consta em anotações de Marcelo Odebrecht, planilhas apreendidas durante as investigações e dados obtidos a partir de quebra de sigilo.

Outros R$504 mil foram usados pela empreiteira para comprar a cobertura vizinha à residência onde vive em São Bernardo do Campo, interior de São Paulo. O apartamento foi adquirido no nome de Glaucos da Costamarques, testa de ferro de Lula, em transação que também foi concebida pelo advogado Roberto Teixeira, comadre de Lula, em nova operação de lavagem de dinheiro, conforme o MPF.

Glaucos da Costamarques quanto Roberto Teixeira também são réus no processo.

Os procuradores afirmam que, na tentativa de dissimular a real propriedade do apartamento, Marisa Letícia chegou a assinar contrato fictício de locação com Glaucos da Costamarques.

No outro processo que o ex-presidente responde no âmbito da Lava Jato em Curitiba, os procuradores da força-tarefa da Lava Jato citam três contratos da OAS com a Petrobras e disseram que R$ 3,7 milhões foram pagos a Lula como propina, por meio da reserva e reforma de um apartamento tríplex em Guarujá, no litoral de São Paulo, e do custeio do armazenamento de seus bens.. O ex-presidente nega as acusações.

Segunda-feira, 5 de Junho, 2017 as 10hs00

04 junho, 2017

“RONAN IA ENTREGAR LULA COMO MENTOR DO ASSASSINATO”




Preso, operador do mensalão diz que empresário ia denunciar o ex-presidente lula no caso Celso Daniel se não recebesse 6 milhões de reais

Em setembro de 2012, o publicitário Marcos Valério prestou depoimento ao Ministério Público Federal e revelou que foi informado em 2004 pelo secretário-geral do PT, Silvio José Pereira, que o presidente Lula estava sendo chantageado. A conversa entre os dois ocorreu dois anos após o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel. O publicitário disse que o empresário Ronan Maria Pinto exigia 6 milhões de reais para não divulgar informações relacionadas ao caso Santo André, envolvendo o presidente Lula, o ex-ministro José Dirceu e o então assessor particular Gilberto Carvalho.

Marcos Valério diz agora que quer esclarecer todos detalhes da chantagem. Pelo menos foi o que ele garantiu à deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), que colheu um longo depoimento do publicitário: “O Valério me disse que Ronan ia apontar o ex-presidente Lula como mentor do assassinato do Celso Daniel”, disse a deputada. Segundo ela, Valério garantiu ter as provas da chantagem.
A primeira conversa de Valério com a deputada foi no dia 11 de outubro. Ela foi ao presídio atender às reivindicações de presos portadores de necessidades especiais e encontrou o publicitário em uma das celas. No ano passado, Mara, que é filha de um empresário que foi extorquido pela quadrilha que atuava na Prefeitura de Santo André, tinha entregado ao juiz Sérgio Moro um dossiê sobre o assassinato.  No dia 3 de abril, Mara enviou um ofício ao procurador de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, narrando as conversas com o publicitário e pedindo andamento às investigações do crime.

“Ele (Valério) deixou muito claro que o senhor Ronan Maria Pinto ia entregar o senhor Luiz Inácio Lula da Silva para a polícia como mentor do assassinato do prefeito Celso Daniel”, escreveu a deputada. Para ela, o depoimento de Valério pode ajudar a desvendar o crime.
Em setembro de 2012, o publicitário Marcos Valério prestou depoimento ao Ministério Público Federal e revelou que foi informado em 2004 pelo secretário-geral do PT, Silvio José Pereira, que o presidente Lula estava sendo chantageado. A conversa entre os dois ocorreu dois anos após o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel. O publicitário disse que o empresário Ronan Maria Pinto exigia 6 milhões de reais para não divulgar informações relacionadas ao caso Santo André, envolvendo o presidente Lula, o ex-ministro José Dirceu e o então assessor particular Gilberto Carvalho.

Marcos Valério diz agora que quer esclarecer todos detalhes da chantagem. Pelo menos foi o que ele garantiu à deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), que colheu um longo depoimento do publicitário: “O Valério me disse que Ronan ia apontar o ex-presidente Lula como mentor do assassinato do Celso Daniel”, disse a deputada. Segundo ela, Valério garantiu ter as provas da chantagem.
A primeira conversa de Valério com a deputada foi no dia 11 de outubro. Ela foi ao presídio atender às reivindicações de presos portadores de necessidades especiais e encontrou o publicitário em uma das celas. No ano passado, Mara, que é filha de um empresário que foi extorquido pela quadrilha que atuava na Prefeitura de Santo André, tinha entregado ao juiz Sérgio Moro um dossiê sobre o assassinato.  No dia 3 de abril, Mara enviou um ofício ao procurador de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, narrando as conversas com o publicitário e pedindo andamento às investigações do crime.

“Ele (Valério) deixou muito claro que o senhor Ronan Maria Pinto ia entregar o senhor Luiz Inácio Lula da Silva para a polícia como mentor do assassinato do prefeito Celso Daniel”, escreveu a deputada. Para ela, o depoimento de Valério pode ajudar a desvendar o crime.
Valério já vem negociando sua delação premiada com três promotores de Minas Gerais e dois procuradores da República. O publicitário disse que o ex-prefeito, pouco antes do assassinato, ia entregar um dossiê para a Polícia Federal e para o presidente Lula, envolvendo petistas com o crime organizado. Após o envio do ofício da deputada ao procurador de Justiça de São Paulo, dois promotores foram visitá-lo. O publicitário quer depor somente à Polícia Federal.

Perguntado sobre a acusação, Ronan, por intermédio de seu advogado, informou que jamais chantageou quem quer que seja.   A assessoria do ex-presidente Lula não comentou.

Por Hugo Marques – Revista Veja online 

Domingo, 4de Junho, 2017 as 14hs30