Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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18 julho, 2015

PARA ESPECIALISTAS, LULA PASSOU DOS LIMITES




Durante comício na cidade de Campinas (SP), no último sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esbravejou declarações agressivas contra a imprensa que causaram indignação em vários setores da sociedade. Temendo que a ligação de sua candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, com a ex-ministra Erenice Guerra, envolvida em escândalos na Casa Civil, causasse reflexos na corrida eleitoral, Lula acionou o botão de emergência.

Em um discurso inflamado, atacou os veículos de comunicação, classificando-os como destiladores de ódio e mentira. "O que eles não se conformam é o pobre estar conseguindo enxergar com os seus olhos, não precisa do tal do formador de opinião pública. Nós somos a opinião pública e nós mesmos nos formamos", disse. De acordo com especialistas consultados pelo site de VEJA, Lula passou dos limites quando deixou a emoção dominar suas palavras em cima do palanque.

Especialista em direito eleitoral e secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coelho acredita que Lula tem desviado o foco da questão ao atacar a imprensa em vez de discutir o mérito das denúncias contra integrantes de seu governo. "Ele é hábil com as palavras e acaba dirigindo o debate para o papel da imprensa, quando uma investigação deveria ser discutida". Para Coelho, um comentário do presidente deve ser encarado com cautela. "Lula fala do alto de sua popularidade e acaba se convencendo de que a opinião dele é a da maioria do povo, mas a verdade é filha do tempo, não da autoridade, como disse Abraham Lincoln", rebate o secretário-geral da OAB.

Professora de direito eleitoral da Universidade de São Paulo (USP), Monica Herman Caggiano considera a fala do presidente um "discurso típico de comício" e defende que ele demonstrou ter medo da crítica. "Na realidade, ele não está no ataque, mas na defesa. Criticou a imprensa porque se sentiu incomodado e com medo de que as denúncias atinjam a campanha".

Já o professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Antonio Jorge Ramalho, acredita que esse tipo de "opinião inflamada não vai modificar o processo eleitoral". "Quando Lula afirma que "nós somos a opinião pública", explica Ramalho, ele está querendo associar-se ao povo mais pobre. "Mas não concordo com essa declaração, pois sempre haverá formadores de opinião, pois essa é uma responsabilidade das lideranças sociais, e não só políticas".

Reações petistas - Lula não chegou a declarar, em público, aquilo que disse o ex-ministro da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu, um dos réus do processo do mensalão. Em evento com sindicalistas em Salvador (BA), Dirceu afirmou que há "excesso de liberdade e do direito de expressão e da imprensa". A frase resume o pensamento da esquerda brasileira a respeito do assunto.(Fonte: Veja)

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Sábado, 18 de julho, 2015

17 julho, 2015

“LULA, A SUA HORA CHEGOU”


Lula- foto montagem na internet


Luiz Inácio Lula da Silva é, desde o último dia 8, alvo de investigação criminal aberta pela Procuradoria da República no Distrito Federal. Chegou a hora de o ex-presidente responder pelo balcão de negócios que, com sua ascensão à presidência da República, o PT armou no poder e transformou o governo federal num antro de corrupção.

Lula é investigado por crime de tráfico de influência, sob a suspeita de ter ajudado a Odebrecht, uma das principais envolvidas no escândalo da Operação Lava-Jato, a obter contratos no exterior financiados com dinheiro do BNDES. O Código Penal estipula pena de dois a cinco anos de reclusão para quem for condenado.

A abertura de investigação já é um passo adiante na apuração sobre a atuação do petista. Em maio, diante de suspeitas publicadas na imprensa, a Procuradoria havia solicitado informações a diversos órgãos e agora, com o que recebeu como resposta, resolveu transformar o procedimento preliminar numa investigação criminal formal. Lula, sua batata está assando…

O ex-presidente voou nas asas da Odebrecht para diversos destinos ao redor do mundo. Entre os já sabidos estão Cuba, Venezuela, República Dominicana, Angola e Panamá – justamente aqueles melhor aquinhoados com os empréstimos camaradas do BNDES nos últimos anos. Entre início de 2011 e fim de 2014, há 38 registros de saída de Lula do país.

O total de dinheiro emprestado pelo BNDES para obras da Odebrecht fora do Brasil soma R$ 31,3 bilhões, segundo a Folha de S.Paulo. As operações do banco ligadas à empresa no exterior atingem US$ 9,5 bilhões. Pelo visto, o investimento da empreiteira na contratação da mãozinha do ex-presidente compensou…

Em companhia de Lula nas viagens estava Alexandrino Alencar, ex-diretor da Odebrecht hoje preso sob a acusação de movimentar pagamentos de propinas no exterior. Na investigação aberta pela Procuradoria, o petista pode ter seu sigilo quebrado e ser alvo de busca e apreensão. Há muito mais a elucidar.

No início de junho, já haviam vindo a público pagamentos feitos pela Camargo Correa ao Instituto Lula e à empresa do ex-presidente, a LILS. Documentos apreendidos pela Lava-Jato registram repasses de R$ 4,5 milhões a título de “bônus eleitorais”, “contribuições e doações”. O petista também é alvo de mais duas investigações da mesma Procuradoria no DF relacionadas ao mensalão. Lula tem muito a esclarecer perante a Justiça.

O estado atual de degradação em que o país foi posto tem as nove digitais – e muito mais – de Luiz Inácio Lula da Silva. Que as investigações da Procuradoria da República avancem e ganhem em breve, também, o auxílio da tão aguardada CPI que a oposição tenta criar no Congresso para descobrir como e onde, afinal de contas, foram parar os bilhões de reais dos brasileiros que o BNDES movimentou de forma suspeita nos últimos anos a mando de Lula e do PT.

Leia aqui a íntegra. 

Sexta-feira, 17 de julho, 2015