Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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23 setembro, 2021

REAJUSTE SALARIAL FICA ABAIXO DA INFLAÇÃO EM AGOSTO

 


No mês de agosto, o reajuste salarial mediano no país ficou 1,4 ponto percentual abaixo da inflação, considerando como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Apenas 9,5% das negociações resultaram em ganhos reais, de acordo com o boletim Salariômetro, divulgado hoje (23) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

 

O reajuste médio negociado foi de 8,5% em agosto, enquanto o INPC, no acumulado de 12 meses, ficou em 9,9%. O piso salarial mediano - modelo que corrige discrepâncias - negociado foi de R$ 1.255 em agosto, enquanto o piso médio foi de R$ 1.396.

 

O Salariômetro analisa os resultados de 40 negociações salariais coletivas, que são depositados no Portal Medidor, do Ministério da Economia.

 

Não houve aumento mediano real como resultado das negociações em nenhum dos últimos 12 meses, conforme a fundação. Desde setembro do ano passado, o índice tem oscilado de -1,4% a zero.

 

Segundo a Fipe, a inflação projetada para as próximas datas-bases ficará perto dos 10%, o que deverá comprimir o espaço para ganhos reais no futuro. (ABr)

Quinta-feira, 23 de setembro, 2021 ás 9:50


 

21 setembro, 2021

CONSÓRCIO DE PROVEDORES REGIONAIS CRITICAM FORMA COMO O EDITAL DO 5G ESTÁ ESTRUTURADO

 

A pressa do governo federal para passar o edital do 5G pode atrasar a chegada da tecnologia em 95% dos municípios brasileiros, de acordo com Iniciativa 5G Brasil, um consórcio de provedores regionais.

 

Juntos, esses provedores atendem cerca de 95% das cidades brasileiras, e afirmam que as condições impostas no edital os prejudicam. Para as empresas, o leilão irá privilegiar operadoras de telefonia de grande porte, deixando o interior do país e o agronegócio de lado.

 

"A entrada desses provedores [da Iniciativa 5G Brasil] ampliaria o potencial de exploração do 5G para os municípios do interior do país onde eles já atuam de forma abrangente, mas que não são economicamente vantajosos para as grandes empresas com sedes e investimentos nas capitais", diz nota do grupo.

 

Quando a primeira versão do edital do 5G foi apresentada, a iniciativa afirma que pediu por alterações que beneficiassem os provedores regionais. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), porém, alegou que não havia tempo hábil para as mudanças, ainda segundo a iniciativa.

 

"Seria necessário trabalhar com duas frequências para ter alcance e largura de banda. Com apenas uma, é como se nós entrássemos 'mancos' no mercado. Teríamos o avião, mas não o combustível para voar", compara o presidente institucional da Iniciativa 5G Brasil, Suelismar Caetano. "Como no certame, o leiloamento dessas frequências se dará em etapas distintas, há o risco de ganhar uma e perder a outra, o que inviabilizaria financeiramente o negócio de qualquer novo entrante, pois a conta não fecha", conclui.

 

Por outro lado, o Ministério das Comunicações argumenta que a participação dos provedores regionais de internet está garantida no leilão do 5G, com os lotes de frequências regionais.

 

*iG Tecnologia

Terça-feira, 21 de setembro, 2021 ás 22:02


 

20 setembro, 2021

GÁS DE COZINHA CARO FAZ LENHA SUPERAR GLP NA MAIORIA DAS RESIDÊNCIAS

 

A vida para a catadora de lixo Jane Cristina dos Santos, de 50 anos, nunca foi fácil. Mas desde o início da pandemia, as coisas pioraram. O marido, Alex Sandro Rocha, de 48, teve problemas no coração e no pulmão, tendo que parar de trabalhar. Além disso, com mais gente sobrevivendo dos recicláveis, a renda minguou. Sua casa, na comunidade Para-Pedro, em Colégio, na Zona Norte do Rio, tem as paredes feitas de madeira, e o teto, de telhas quebradas. Todos os móveis foram recebidos por doação, inclusive o fogão a gás, que fica ao lado do vaso sanitário. Jane logo avisa que não é ali que faz a comida do dia a dia. Quando precisa cozinhar feijão, arroz e o que mais tiver para comer, utiliza um fogão a lenha improvisado na área externa, o qual também divide com vizinhos que não têm dinheiro para o botijão. Com preço de R$ 105 por lá, o gás virou artigo de luxo. Está presente nas casas, porém só é usado em dias de chuva ou em preparos rápidos, como para fazer um café.

 

Pelos seus cálculos, para comprar um botijão, ela precisa vender 50 quilos de garrafas pet, o que leva pelo menos dez dias para juntar. Antes, quando o item era mais barato e tinha o apoio do marido, ela gastava a metade do tempo. Já a lenha é de graça. São madeiras de caixotes de feira, abandonados na rua.

 

"O dinheiro, quando tem, a gente compra manteiga, pão. O óleo pegamos usado, e as frutas e legumes catamos do chão da Ceasa, que fica perto daqui", conta Jane.

 

Mãe de seis filhos, Graziele Oliveira Porto, de 34 anos, tem uma situação um pouco melhor, mas também já usa lenha para cozinhar. O marido, que perdeu o emprego de entregador em abril do ano passado, hoje trabalha arrastando caixotes vazios no Ceasa, por uma diária média de R$ 60. O filho mais velho, de 15 anos, faz o mesmo e reforça a renda da família. Mesmo assim, o gás só dura 22 dias. Na casa, onde também mora a avó de Graziele, são nove bocas para alimentar. Todo fim de mês, a solução é colocar dois tijolos com uma grade por cima para fazer almoço e jantar.

 

No Brasil, o número de residências usando lenha para cozinhar já supera o uso de gás. Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostram que o uso dessa matriz de energia começou a aumentar em 2014, mas só ultrapassou o GLP em 2018. No ano passado, 26,1% dos brasileiros usavam lenha contra 24,4% que usavam o botijão.

 

A diferença pode aumentar ainda mais. Desde janeiro, o preço médio do botijão de gás subiu quase 30%, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o que equivale a cinco vezes a inflação acumulada no período.

Vale gás é uma solução

 

De acordo com uma pesquisa do FGV Social, com o fim do auxílio emergencial, o número de pobres — que vivem com até R$ 261 por mês — pode saltar de 27,7 milhões para 34,3 milhões, aproximadamente 16,1% da população. Somado a isso, nos 12 meses terminados em julho, a inflação desse grupo foi de 10,05%, três pontos percentuais acima da inflação da alta renda.

 

Sergio Bandeira de Mello, presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), defende a implementação de alguma política semelhante à tarifa social de energia, como um vale-gás. No Rio, o programa SuperaRJ terá uma cota extra exclusiva para compra de botijão de gás (GLP), entre R$ 50 e R$ 80, conforme a Lei 9.383/2021, ainda pendente de regulamentação.

Queima de lenha pode provocar doenças

 

O diretor executivo do Instituto Perene, Guilherme Valadares, observa que a lenha é um indicador de renda porque entra no lugar do gás quando não existe alternativa para remédio nem para comida. A realidade em muitos lares é o duplo combustível, com uso de gás para coisas rápidas, como esquentar uma comida, e de lenha para o que demora mais. Esse é o caso da Rayane Oliveira, de 24 anos. Mãe de quatro, ela reclama que, sem a merenda escolar, as contas apertaram ainda mais:

 

"Meu marido trabalha de bico, e eu faço unha na comunidade. Aí ganho R$ 10 aqui, R$ 20 ali. A gente junta, paga o aluguel, compra comida e, às vezes, gás. Para durar, também cozinho com lenha."

 

A professora do departamento de Química da PUC Rio, Adriana Gioda, que se dedica ao tema desde 2016, conta que o uso do insumo pode provocar diversas doenças, como câncer, problemas de coração, asma e bronquite. A estimativa é que as mortes atribuídas à queima de lenha ou de carvão em ambiente domiciliar representem para o país um custo anual superior a R$ 3 bilhões.

 

"Quem é pobre não tem fogão a lenha adequado. Coloca duas ou três pedras, uma grade em cima, ficando muito exposto à fumaça, ou até se queimando e morrendo", explica.

 

A fim de reduzir impactos, o Instituto Perene, que tem como um de seus parceiros a Natura, desenvolveu um modelo de fogão à lenha que reduz até 60% o uso dessa matriz energética por refeição, oferecendo o máximo de eficiência. Desde 2009, já atendeu mais de 13 mil domicílios.

 

"A solução é uma tecnologia de transição. O ideal é ter o gás o mês inteiro", diz Valadares.

*Agência O Globo

Domingo, 19 de setembro, 2021 ás 8:30


 

18 setembro, 2021

MORO VOLTA AO BRASIL PARA DECIDIR DESTINO POLÍTICO


Morando nos Estados Unidos desde que ingressou na iniciativa privada como consultor da Americana Alvarez&Marsal, o ex-juiz Sergio Moro desembarca no Brasil na próxima quinta-feira (23/9), para mais uma rodada de reuniões políticas. O objetivo é analisar a aceitação de seu nome entre setores do empresariado como eventual candidato nas eleições do próximo ano.

 

Cortejado pelo Podemos para concorrer à Presidência da República, Moro recebeu nos últimos dias duas pesquisas privadas de intenção de votos que buscam situá-lo sobre o tamanho de seu potencial eleitoral não só como possível candidato ao Palácio do Planalto, mas também como senador pelo estado de São Paulo.

 

Em uma delas, circunscrita a eleitores do estado de São Paulo e que foi a campo de 20 a 31 de agosto, o ex-juiz da Lava-Jato aparece com 9% da preferência do eleitorado na corrida presidencial, atrás do petista Luiz Inácio Lula da Silva, com 26%, e do presidente Jair Bolsonaro, com 18%. O levantamento ouviu 2.300 pessoas no estado, e a margem de erro é de dois pontos percentuais. Algoz de Lula ao longo da operação Lava-Jato, Moro não consegue cabalar, conforme a pesquisa, votos que seriam dados ao petista em uma disputa ao Palácio do Planalto. Pela simulação, 14% dos eleitores que dizem hoje votar em Lula poderiam votar no ex-ministro Ciro Gomes (PDT), mas apenas 1% toparia votar em Moro.

 

Nesta simulação, a baixa rejeição de Moro entre eleitores paulistanos, porém, foi comemorada por apoiadores como um importante ativo caso ele dê sinal verde para que a campanha seja colocada na rua. De acordo com a pesquisa, Lula tem 21% de rejeição no estado de São Paulo. O presidente Jair Bolsonaro aparece com rejeição de 20%, o governador do estado João Dória (PSDB), com 14%, e o ex-ministro Ciro Gomes com 9%. A rejeição de Sergio Moro atinge é de apenas 7%.

 

Sergio Moro ainda não decidiu se pretende entrar na vida pública e concorrer a um cargo eletivo em 2022, mas será pressionado, em sua passagem pelo Brasil, a enfim dar uma resposta definitiva ao partido que quer filiá-lo a seus quadros. Uma reunião com o Podemos está agendada para o dia 30 de setembro, em Brasília, para ouvir a palavra final do ex-magistrado.

 

Enquanto não se decide, Moro foi testado pelo Podemos também como eventual candidato ao Senado por São Paulo. Neste levantamento, ele aparece numericamente à frente dos demais concorrentes, com 17% das intenções de voto. O apresentador José Luiz Datena (PSL), segundo colocado, tem 16%, enquanto o vereador Eduardo Suplicy (PT) aparece com 11%.

 

*Veja

Sábado, 18 de setembro, 2021 ás 11:42