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30 maio, 2022

CHICOTES ELÉTRICOS: COMO UM COMPONENTE BARATO PODE ACELERAR FIM DA ERA DO CARRO A COMBUSTÃO

 

 O chicote elétrico, um componente relativamente barato que agrupa os cabos de um veículo, tornou-se um problema improvável da indústria automotiva e alguns preveem que isso poderá acelerar a derrocada dos carros a combustão.

 

A oferta da peça foi atingida pela guerra na Ucrânia, que abriga uma parte significativa da produção mundial e que equipa centenas de milhares de veículos novos todos os anos.

 

A escassez de oferta do componente pode acelerar os planos de algumas montadoras tradicionais em mudar a produção para uma nova geração de chicotes elétricos feitos por máquinas e projetados para veículos elétricos, de acordo com entrevistas com mais de uma dúzia de participantes e especialistas do setor.

 

"Esta é apenas mais uma razão para a indústria fazer a transição para a eletricidade mais rapidamente", disse Sam Fiorani, presidente da empresa de pesquisa de mercado AutoForecast Solutions.

 

Os carros a gasolina ainda representam a maior parte das vendas de veículos novos globalmente. As vendas de veículos elétricos dobraram para 4 milhões de unidades no ano passado, mas ainda representaram apenas 6% do total, de acordo com dados da JATO Dynamics.

 

Chicotes para carros movidos a combustível fóssil agrupam cabos que se estendem por até 5 quilômetros em um veículo comum, conectando tudo, desde aquecedores de assento até vidros elétricos. Eles são trabalhosos de fazer e quase todos os modelos são únicos, portanto, é difícil mudar a produção rapidamente.

 

As interrupções no fornecimento na Ucrânia foram um alerta para a indústria automotiva. Montadoras e fornecedores disseram que no início da guerra, as fábricas permaneceram abertas apenas graças à determinação dos trabalhadores de lá, que mantiveram um fluxo reduzido de peças em movimento diante de cortes de energia, avisos de ataques aéreos e toques de recolher.

 

Adrian Hallmark, presidente-executivo da Bentley, disse que a montadora britânica de carros de luxo inicialmente temia perder de 30% a 40% de sua produção de carros em 2022 devido à falta de chicotes.

 

Ele afirmou que encontrar fontes alternativas foi complicado por causa do fato de que os chicotes tradicionais têm 10 partes diferentes de 10 fornecedores distintos na Ucrânia.

 

O executivo acrescentou que os problemas de fornecimento aceleraram o foco da Bentley em investir no desenvolvimento de um chicote mais simples para veículos elétricos que é comandado por um computador central.

 

A nova geração de chicotes, usados ​​em carros elétricos como os da Tesla, pode ser feita em seções em linhas de produção automatizadas e são mais leves, um fator chave porque reduzir o peso de um veículo elétrico é crucial para aumentar o alcance da bateria.

 

Muitos dos executivos e especialistas ouvidos afirmaram que carros com motores a combustão, que enfrentam proibições na Europa e na China, não existirão tempo o bastante para justificar retrabalhos que os permitam usar os chicotes de nova geração.

 

"Eu não investiria um centavo em motores de combustão interna agora", disse Sandy Munro, consultora automotiva sediada no Estado norte-americano de Michigan. Ela estima que os veículos elétricos representarão metade das vendas globais de carros novos até 2028. "O futuro está chegando terrivelmente rápido."

 

"No mundo do carro elétrico as pessoas estão no modo 'vai, vai, vai'", afirmou.

*Reuters

Segunda-feira, 30 de maio 2022 às 20:26