A
crise que aflige o Distrito Federal tem tido grande repercussão nacional. Desde
o mês passado, o DF vem sofrendo com a interrupção de diversos serviços
públicos devido à falta de pagamento do governo a fornecedores, servidores
públicos e empresas prestadoras de serviços. Até o tradicional réveillon na
Esplanada chegou a ser cancelado e continua na mira do Ministério Público.
Após
uma derrota acachapante nas eleições de outubro deste ano, o atual governador
Agnelo Queiroz (PT) se despede do Palácio do Buriti com popularidade no chão e
deixa para o sucessor, o socialista Rodrigo Rollemberg, dívidas no teto.
A
(falta) de gestão da atual administração do GDF (Governo do Distrito Federal)
dominou o embate político em 2014. Ex-aliado de Agnelo, Rollemberg agora “surfa”
na onda anti-PT que domina a capital federal. Inclusive, vem concedendo
diversas entrevistas nas quais, em sua maioria, acusa o governador
defenestrado, píntando (ou apenas retratando) cenário de caos total.
Independentemente
da veracidade ou proporção das acusações de Rollemberg, a estratégia da “terra
arrasada” não é exclusiva do DF.
Desde
os primórdios da democracia brasileira, novos governadores se queixam da
maneira como o estado está sendo conduzido — principalmente se vencem um
candidato à reeleição — para preparar a população para eventuais medidas
impopulares (como cortes no quadro de funcionários) ou mesmo para um cenário de
estagnação, quando o novo governo ainda estabelece frentes de ação e toma pé da
administração pública. (A/E)
Sábado,
27de dezembro, 2014.
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