Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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22 novembro, 2012

JUSTIÇA BLOQUEIA BENS DE HOMEM FORTE DO GOVERNO NA COPA POR IRREGULARIDADES NO MINEIRÃO



Rodrigo Mattos +++

A Justiça Federal de Minas Gerais decretou a indisponibilidade dos bens de autoridades públicas e do arquiteto envolvidos na reforma do Mineirão por suposta irregularidade relacionada ao projeto.

Entre os atingidos, está o coordenador geral do Grupo Executivo da Copa do Mundo, Luis Fernandes, homem-forte do governo federal para a organização do evento. O objetivo da decisão é que esses bens possam ser usados para ressarcir os cofres públicos caso se constate que, de fato, o Estado foi lesado. O Ministério do Esporte classificou a inclusão do executivo na lista como um "equívoco".

O problema começou quando o governo de Minas Gerais contratou o escritório Gustavo Penna Arquitetos & Associados sem licitação para fazer o projeto de reforma do estádio. A alegação era de que o arquiteto tinha notória especialização técnica. O total a ser pago seria de R$ 17,8 milhões.

Mas o Ministério Público entendeu que não havia motivos para a dispensa de concorrência neste caso: afirmou que isso só deve ocorrer quando não houver chance de competição. Então, entrou com um pedido de liminar para bloquear todos os bens dos envolvidos no projeto, incluído o representante do governo federal que não participou da contratação. 

O juiz da 1ª Vara Federal, Leonardo Aguiar, aceitou o pedido por entender que havia "fortes indícios de ilicitude na contratação direta por inexigibilidade de licitação bem como a ocorrência de improbidade administrativa dos gestores responsáveis pela contratação do escritório de arquitetura". Na visão do magistrado, não havia porque deixar de realizar concorrência.

"Isso porque, cuidando-se de projeto de vulto que certamente despertaria o interesse dos maiores escritórios de arquitetura do Brasil e até mesmo do exterior, é de se questionar a opção pela contratação direta do Escritório Gustavo Penna Arquitetos & Associações, quando o recomendado seria realização de licitação."

Até porque documentos juntados pelo MPF demonstram que havia outros arquitetos interessados no projeto como o GMP, da Alemanha. O Ministério Público ainda alega que é impossível reconhecer notória especialização no escritório escolhido já que não tinha feito nenhum projeto de estádio para a Fifa.


Quinta – feira 22 de novembro

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