Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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07 novembro, 2019

Bolsonaro junta Cultura a Turismo e atribui viés econômico ao ministério



Decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, e publicado no Diário Oficial de quinta-feira (7/11), transferiu toda a área de Cultura do Ministério da Cidadania para o Ministério do Turismo. A Expectativa é que a denominação da pasta passe a Ministério da Cultura e do Turismo.

A iniciativa segue uma tendência mundial de atribuir a essas áreas um viés econômico. Durante o governo de transição, a equipe do atual ministro Paulo Guedes (Economia) estudou seriamente a adoção desse conceito, reunindo em um “Ministério do Entretenimento”, além de Turismo e Cultura, também Esportes.

O decreto presidencial transferiu à pasta do Turismo a Secretaria Especial de Cultura, o Conselho Nacional de Política Cultural, Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, Comissão do Fundo Nacional de Cultura e seis Secretarias.
Também foram transferidas as competências do Ministério da Cidadania para o Ministério do Turismo quanto à política nacional de cultura, proteção do patrimônio histórico, artístico e cultural, regulação dos direitos autorais, assistência ao Ministério da Agricultura e do Incra nas ações de regularização fundiária, para garantir a preservação da identidade cultural dos remanescentes das comunidades dos quilombos.

O desenvolvimento e implementação de políticas e ações de acessibilidade cultural e a formulação e implementação de políticas, programas e ações para o desenvolvimento do setor musical também foram atribuições transferidas para o Ministério do Turismo. (DP)


Quinta-feira, 07 de novembro ás 09:02

06 novembro, 2019

Extrema pobreza e desigualdade crescem há 4 anos, revela pesquisa



A leve recuperação econômica observada nos últimos dois anos no Brasil não se refletiu de forma igual entre os diversos segmentos sociais. Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas no país) cresceu 1,1% em 2017 e 2018, após as quedas de 3,5% em 2015 e 3,3% em 2016, o rendimento dos 10% mais ricos da população subiu 4,1% em 2018 e o rendimento dos 40% mais pobres caiu 0,8%, na comparação com 2017.

Com isso, o índice que mede a razão entre os 10% que ganham mais e os 40% que ganham menos, que vinha caindo até 2015, quando atingiu 12, voltou a crescer e chegou a 13 em 2018. Ou seja, os 10% da população com os maiores rendimentos ganham, em média, 13 vezes mais do que os 40% da população com os menores rendimentos.

É o que mostra a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2019, divulgada hoje (6), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo analisa as condições de vida da população brasileira.

O levantamento começou a ser feito em 1999, com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), e, desde 2012, passou a utilizar os dados da Pnad Contínua, ou seja, uma nova metodologia e, portanto, uma nova série histórica. Os dados divulgados hoje são referentes a 2018 e utilizam também outras informações, como a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) e o Sistema de Contas Nacionais.

Desigualdade

Segundo o IBGE, o aumento da desigualdade é reflexo da falta de ganho real no salário mínimo ocorrida em 2018, além da informalidade e da subutilização no mercado de trabalho, que atingem níveis recordes atualmente, com 41,4% das pessoas ocupadas nessa condição, de acordo com o gerente dos Indicadores Sociais do IBGE, André Simões.
“No mercado de trabalho, o que nós observamos é uma pequena redução na taxa de desocupação entre 2017 e 2018, juntamente com isso um pequeno aumento do rendimento do trabalho também. Apesar disso, vemos um aumento da subutilização da força de trabalho, encampado pelo aumento da proporção de pessoas com insuficiência de horas trabalhadas” disse. A subutilização passou de 15,8% em 2015 para 24,6% em 2018.

O Índice de Gini, um padrão clássico para medir desigualdade, vem subindo há quatro anos no Brasil. Em 2015, atingiu o mínimo da série histórica, com 0,524 e chegou a 0,545 em 2018. Quanto mais próximo de zero, mais igualitária é a sociedade.

Extrema pobreza

No indicador da pobreza monetária, ou seja, que leva em conta apenas a renda, o Brasil também tem apresentado piora nos últimos quatro anos. Ao todo, 13,5 milhões de pessoas no Brasil viviam em 2018 com até R$ 145 por mês, o que corresponde a 6,5% da população, após a mínima de 4,5% em 2014.

O IBGE destaca que no Brasil há mais pessoas em situação de pobreza extrema do que toda a população de países como Bolívia, Bélgica, Grécia e Portugal. Desse total, 72,7% são pretas ou pardas.

Na faixa da pobreza, considerando o rendimento per capita de até R$ 420 por mês, houve uma leve redução, passando de 26% em 2017 para 25,3% em 2018, com 52,5 milhões de pessoas. Ou seja, 1,1 milhão de pessoas deixaram essa condição na comparação anual.

O mínimo foi alcançado em 2014, com 22,8%. Por estado, o Maranhão tem a maior proporção de pobres, com 53% da população nesta condição, enquanto Santa Catarina tem a menor proporção, com 8%.

Redução da pobreza

André Simões explicou que o ingresso no mercado de trabalho é o principal meio de redução de pobreza. Porém, como os dados indicam que a faixa dos maiores rendimentos apresenta crescimento de renda enquanto os menores rendimentos estão estagnados ou com perdas, ele destacou a necessidade de outras medidas para reduzir as desigualdades sociais.

“Como é um grupo muito vulnerável e não está com uma propensão tão grande de entrar no mercado de trabalho quanto os outros grupos sociais, com rendimentos mais elevados, necessita de cuidados maiores, como políticas públicas, políticas de transferência de renda, políticas de dinamização do mercado de trabalho para que elas possam ter acesso a uma renda que as tire dessa situação de pobreza”, ponderou.

O IBGE também analisou as condições da moradia e constatou que, no total do país, 12,8% das pessoas moram em domicílios com pelo menos uma inadequação, que são a ausência de banheiro exclusivo, paredes feitas com material não durável, adensamento excessivo ou ônus muito alto com o aluguel. Na população que vive com até R$ 420 mensais, a proporção sobe para 29,3%.

Quanto à ausência de serviços de saneamento, que são a coleta de lixo, o abastecimento de água e o esgotamento sanitário, 58% dos pobres vivem com pelo menos uma dessas situações, enquanto a proporção geral é de 37,2%. (IBGE)

Terça-feira, 05 de novembro ás 11:00

05 novembro, 2019

Enem servirá apenas para auto avaliação de quem faltou o primeiro dia



Estudantes inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que faltaram o primeiro dia de exame podem fazer as provas do segundo dia, no próximo domingo (10/11). A prova servirá, no entanto, apenas para auto avaliação, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Nesses casos, o boletim de desempenho individual apresentará apenas as notas das provas realizadas. No último domingo (3), os participantes fizeram as provas de redação, ciências humanas e linguagens. No dia 10 de novembro, serão avaliados os conhecimentos de ciências da natureza e matemática.

Nova prova

O estudante que se sentiu prejudicado no Enem poderá informar o Inep, pela Página do Participante, entre os dias 11 e 18.  Cada caso será analisado e o participante poderá ter direito a fazer a prova novamente.

Podem ter direito à reaplicação, de acordo com o edital do exame, aqueles que foram afetados por problemas logísticos. São considerados problemas logísticos fatores como desastres naturais que prejudiquem a aplicação devido ao comprometimento da infraestrutura do local; falta de energia elétrica que comprometa a visibilidade da prova pela ausência de luz natural; e erro de execução de procedimento de aplicação pelo aplicador que leve ao comprovado prejuízo do participante.

Os estudantes que sentiram alguma indisposição ou problema de saúde e tiveram que sair da sala onde estava sendo aplicada a prova não terão direito à reaplicação, segundo as regras do exame.

O resultado da solicitação poderá ser consultado, também, na Página do Participante. A reaplicação do Enem 2019 irá acontecer nos dias 10 e 11 de dezembro, para quem tiver o pedido aprovado.

Os casos de participantes que não fizeram o exame no primeiro domingo por motivos que não são previstos no edital podem receber os esclarecimentos pelos canais de comunicação do Inep. O Fale Conosco do instituto pode ser acessado pelo telefone, no número 0800 616161, ou por computador, por meio do autoatendimento.

Declaração

Os candidatos que precisarem comprovar presença no dia de prova do Enem para, por exemplo, justificar falta no trabalho, devem imprimir a Declaração de Comparecimento Personalizada, disponível na Página do Participante. A declaração do segundo dia de prova pode ser acessada desde ontem (4/11) e deve ser impressa e entregue ao aplicador no dia do exame.

As regras do Enem para o segundo dia de exame são as mesmas do primeiro. Os portões abrirão às 12h e fecharão às 13h, no horário de Brasília. A duração do exame, no entanto, será menor, os participantes terão 5 horas para resolver as questões. (ABr)




Terça-feira, 05 de novembro ás 18:00