O presidente Jair Bolsonaro mandou preparar medida provisória que será publicada na semana que começa amanhã, estabelecendo centralização pelo Ministério da Saúde de todas as vacinas produzidas no país e mesmo as que forem importadas diretamente pelos governos estaduais, no sentido de deixar o comando absoluto do combate a pandemia nas mãos do ministro da Saúde.
Reportagem de Maiá Menezes, Gustavo Maia, Paula Ferreira e Flávio Fernandes, O Globo de sábado (12/12), revela os detalhes do impulso do presidente Bolsonaro, na minha opinião, para evitar que o governador João Dória inicie a vacinação antes do governo federal.
O argumento absurdo é o de que nenhum estado poderá atuar antes da decisão do Palácio do Planalto. O govenador João Dória sustentou que a medida revela um verdadeiro confisco porque o que está em jogo são vidas humanas.
O Ministério da Saúde até hoje não foi capaz de estabelecer um plano para vacinar a população brasileira. Esta dificuldade essencial porque a vacinação em massa exige uma logística que passa, não só pelas vacinas, mas pelas seringas, e locais de vacinação. Portanto o presidente da República, ao assinar a MP estará dificultando a solução e o problema gravíssimo, inclusive a logística inclui os locais da aplicação das vacinas.
Numa entrevista a Andreza Mateus, Felipe Caran e Tânia Monteiro, O Estadão também de sábado, o deputado Rodrigo Maia afirmou que a demora do Governo em liberar a vacinação é o maior erro político de Bolsonaro.
O presidente da Câmara Federal rebateu as declarações do ministro Paulo Guedes, matéria de Daniele Brandt, Folha de São Paulo, que o culpou de obstruir a reforma tributária. Rodrigo Maia acrescentou que na verdade a reforma tributária não sai porque o Ministério da Economia não deseja que seja votado o projeto já elaborado pela Câmara dos Deputados. O ministro Guedes não tem razão em me culpar, ele é que está criando problema, disse Maia.
E matéria de Fabio Pupo, Bernardo Caran e Daniel Carvalho, Folha de São Paulo, revela que Paulo Guedes entrará de férias, uma vez que os projetos de reforma não estarem caminhando no Legislativo. Rodrigo Maia mais uma vez rebate as alegações do ministro da Economia. Com as férias, o próprio governo Bolsonaro vai deixar o debate econômico para 2021.
*Tribuna da Internet
Domingo, 13 de dezembro, 2020 ás 14:00
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