Terça-feira,
08 de outubro ás 22:00
Liberdade de expressão
“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”.
Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866
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08 outubro, 2019
Programa do MEC abrirá 1,5 milhão de vagas em educação profissional
O
Ministério da Educação (MEC) vai ofertar mais 1,5 milhão de vagas em educação
profissional e tecnológica até 2023. O aumento das vagas faz parte do programa
Novos Caminhos, lançado terça-feira (8/10). Com o programa, as atuais 1,9
milhão de vagas passarão para 3,4 milhões em todo o país, representando um
aumento de 80%. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, assinou quatro
portarias para dar andamento ao programa.
Segundo
o ministro, o objetivo é acabar com preconceitos em relação a cursos técnicos e
melhorar a qualificação dos profissionais. “Um curso técnico bom permite ao
jovem ter renda superior a alguém formado em curso superior, que não tem foco
na realidade."
Essas
vagas deverão ser ofertadas tanto no ensino médio quanto para jovens e adultos
que já estão fora da escola. A pasta pretende também articular a oferta dos
cursos com a demanda do mercado de trabalho. “A educação tem que estar voltada
para o mercado de trabalho, não pode dar as costas e ignorar as demandas do
setor produtivo”, disse o secretário de Educação Profissional e Tecnológica,
Ariosto Antunes Culau.
O
programa prevê uma série de ações, que incluem mudanças na regulação da oferta
de cursos técnicos, formação de professores e ampliação de cursos profissionais
e técnicos. O novo programa se baseia em três eixos: Gestão e Resultados;
Articulação e Fortalecimento, e Inovação e Empreendedorismo.
Formação
de professores
A
meta da pasta, além da abertura de novas vagas para estudantes é preparar 40
mil professores da rede pública até 2022 com aulas sobre atualização
tecnológica, técnicas pedagógicas voltadas para a educação profissional,
empreendedorismo e orientação vocacional e profissional. Serão abertas também
21 mil vagas para formação de professores de ciências e de matemática.
Deverão
ainda ser reconhecidos mais de 11 mil diplomas de pessoas que concluíram a
formação técnica na rede privada de ensino superior desde 2016, mas não tinham
chancela da pasta por conta da ausência de ordenamento jurídico.
Pesquisa
aplicada
O
MEC pretende criar um escritório, que atuará na articulação entre os setores
público e privado. Esse escritório deverá estimular a pesquisa aplicada, a
inovação e a iniciação tecnológica. Serão lançados editais para estudantes,
professores e pesquisadores com investimento total de R$ 60 milhões até 2022.
Além
disso, a pasta anunciou a criação de cinco polos de inovação nos institutos
federais voltados para empreendedorismo e pesquisas aplicadas.
Catálogo
de cursos
A
pasta vai atualizar o catálogo nacional de cursos técnicos, que orienta a
oferta em todo o país. O catálogo vigente, segundo o MEC, foi atualizado em
2014, com base no cenário do Brasil em 2013. “[Vamos fazer a] identificação dos
conhecimentos e habilidades, das novas profissões, que devem ser incorporadas
ao catálogo”, disse o secretário Culau. Para a atualização, o setor produtivo
deverá ser procurado para expor a atual demanda.
A
pasta pretende também consolidar um novo marco regulatório para a oferta de
cursos técnicos por instituições privadas de ensino superior.
Parceria
com estados
Em
parceria com os estados, a intenção é ofertar, até 2022, 2 mil vagas de
mestrado profissional em redes estaduais.
Mais
de 100 mil vagas voltadas para a qualificação profissional deverão ser
ofertadas com recursos do Bolsa Formação, que estão, de acordo com o MEC, nas
contas dos estados e do Distrito Federal. Para isso, serão repactuados R$ 550
milhões. Os entes federados poderão buscar parcerias com o Sistema S e com a
rede federal.
Cenário
internacional
De
acordo com dados apresentados pelo MEC, o Brasil está distante da oferta de
educação profissional e técnica de outros países. Enquanto no Brasil a oferta
de ensino técnico chega a 8% das matrículas de ensino médio, no Reino Unido
esse percentual é de 63%; na União Europeia, 48%; e, no Chile, 31%. (ABr)
Terça-feira,
08 de outubro ás 12:00
07 outubro, 2019
"Tenho couro duro”, reage Bolsonaro ao acusar a velha imprensa de tentar derrubá-lo
Em
uma nova radicalização de seu discurso, o presidente Jair Bolsonaro acusou
nesta segunda-feira, dia 7, a imprensa de mentir e difamar e questionou se o
objetivo dos veículos de comunicação é derrubá-lo do cargo. Ao deixar o Palácio
da Alvorada, onde cumprimentou um grupo de simpatizantes, ele afirmou que a
cobertura da mídia ao seu governo não pode continuar com “covardia” e
“patifaria”.
“Eu
lamento a imprensa brasileira agir dessa maneira. O tempo todo mentindo,
distorcendo, difamando. Vocês querem me derrubar? Continuem mentindo”, disse.
As críticas do presidente foram direcionadas à Folha e ao jornal Correio
Braziliense.
CAIXA
2 – No domingo, dia 6, a Folha revelou que um depoimento e uma planilha obtidos
pela Polícia Federal sugerem que recursos do esquema de candidaturas laranjas
do PSL em Minas Gerais foram desviados para abastecer, por meio de caixa dois,
a campanha de Bolsonaro.
A
partir das informações, a Polícia Federal sugeriu ao Ministério Público a
abertura de uma segunda investigação em decorrência do escândalo em Minas
Gerais, desta vez especificamente para as contas de campanha do ministro do
Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.
Segundo
reportagem publicada pela Folha, um depoimento dado à Polícia Federal e uma
planilha apreendida em uma gráfica sugerem que dinheiro do esquema de
candidatas laranjas do PSL em Minas Gerais foi desviado para abastecer, por
meio de caixa dois, as duas campanhas.
CAMPANHAS
– O depoimento foi dado por Haissander Souza de Paula, assessor parlamentar de
Álvaro Antônio à época e coordenador de sua campanha a deputado federal no Vale
do Rio Doce (MG). Ele disse à PF que “acha que parte dos valores depositados
para as campanhas femininas, na verdade, foi usada para pagar material de
campanha de Marcelo Álvaro Antônio e de Jair Bolsonaro”.
Em
uma planilha, nomeada como “MarceloAlvaro.xlsx”, há referência ao fornecimento
de material eleitoral para a campanha de Bolsonaro com a expressão “out”, o que
significa, na compreensão de investigadores, pagamento “por fora”.
ESTABILIDADE
– Já o Correio Braziliense, em reportagem nesta segunda-feira, dia 7, afirmou
que o presidente encaminhará ao Poder Legislativo projeto de reforma
administrativa que deve prever o fim da estabilidade para servidores públicos.
“De
novo hoje, capa do Correio Braziliense, que eu vou acabar com a estabilidade do
servidor. Não dá para continuar com tanta patifaria por parte de vocês. Isso é
covardia e patifaria. Nunca falei nesse assunto. Querem jogar o servidor contra
mim. Como ontem a Folha de S.Paulo querendo me ligar ao problema de Minas
Gerais. Um esgoto a Folha de S.Paulo”, criticou Bolsonaro.
RECOMENDAÇÃO
– Por uma recomendação da área de Comunicação, o presidente não tem mais
respondido a perguntas dos veículos de imprensa na entrada do Palácio da
Alvorada, onde ele costumava promover entrevistas diárias. A mudança ocorreu no
final do mês passado, após ele ter se irritado com a cobertura da imprensa
brasileira sobre seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU.
A
orientação foi para que o presidente converse apenas com os eleitores
presentes, destacando pautas positivas e evitando assuntos incômodos de sua
administração, como o fato de ele não ter se pronunciado sobre a morte da
menina Ágatha Félix, do Rio de Janeiro.
PAUTAS
NEGATIVAS – Para desviar de pauta negativas, o presidente também suspendeu os
cafés da manhã que promovia com veículos de imprensa. No último deles, em
julho, Bolsonaro se referiu a nordestinos como “paraíbas” e disse que não havia
fome no Brasil.
Neste
domingo, o chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) da
Presidência da República, Fabio Wajngarten, sugeriu um boicote publicitário a
veículos de imprensa que produzem, no seu entender, “manchetes escandalosas”.
O
presidente também fez referência às empresas que são anunciantes na Folha. “O
que mais me surpreende são os patrocinadores que anunciam nesse jornaleco
chamado de Folha de S.Paulo”, disse no domingo. Em uma nota conjunta, a
Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) disseram
condenar a manifestação e repudiar a conclamação feita pelo secretário aos
anunciantes.
(Folha
de São Paulo)
Segunda-feira,
07 de outubro ás 12:00
Vídeo que viralizou sobre o governo de Goiás:
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