A
Pnad Contínua, divulgada hoje (14) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
que analisou o acesso à Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no 4º trimestre
de 2019, aponta que o percentual de domicílios com TV por assinatura caiu de
31,8% em 2018 para 30,4% em 2019. Na área urbana houve recuo de 34,3% para
32,4% na mesma comparação, mas na rural aumentou de 14,9% para 15,9%. O motivo
para os 51,5% que não tinham esse tipo de TV, era o preço elevado. A falta de
interesse é apontada por 41,6%.
De
2018 para 2019, a proporção dos domicílios sem TV por assinatura e que a
substituíram pela programação disponível na internet avançou de 3,5% para 4,9%.
No
mesmo ano, 63,1 milhões de domicílios tinham televisão com conversor para
receber o sinal digital de televisão aberta, ainda que não o estivesse
captando. O número corresponde a 89,8% dos domicílios. Em 2018, o percentual
era 86,6%.
Segundo
o IBGE, foi registrado um aumento em área urbana de 89,9% para 92,4% e, com
mais intensidade, em área rural, que passou de 64,1% para 71,4%. Os maiores
avanços no percentual de domicílios com conversor para receber o sinal digital
de televisão aberta foram nas regiões Norte de 81,5% para 87,0% e Nordeste de
76,2% para 81,4%.
O
uso de antena parabólica caiu de 30,0% em 2018 para 27,0% nos domicílios
brasileiros em 2019. O equipamento é utilizado para captar sinal de televisão
em áreas que não são plenamente atendidas por meio de antenas terrestres. Na
área urbana, o uso caiu de 24,6% para 21,8% e de 66,7% para 63,6% na área
rural.
O
rendimento real médio per capita nos domicílios com antena parabólica de R$
1.002 era 37,6% menor que dos que tinham televisão sem este tipo de serviço,
cuja renda era R$ 1.607.
Os
domicílios que não contavam com conversor, não recebiam sinal de televisão por
antena parabólica e nem tinham serviço de televisão por assinatura, somavam 1,7
milhão em área urbana, em 2019, ou 82,7%.
Já
a proporção de domicílios sem qualquer meio de acesso à televisão que não fosse
o sinal analógico, também em área urbana, caiu de 3,0% para 2,3%, e em área
rural, de 4,1% para 3,4%.
Segundo
o IBGE, a Pnad Contínua TIC “vem constatando uma rápida redução desse indicador
desde 2016 (10,3%)”.
A
pesquisa mostrou ainda que embora estável, o percentual de pessoas que
acessaram a internet para enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens
por aplicativos diferentes de e-mail, foi o mais elevado, atingindo 95,7% em
2019. Em seguida, ficou a procura da internet para conversar por chamadas de
voz ou vídeo (91,2%). Conforme o IBGE, essa proporção cresce desde 2016, assim
como a das pessoas que utilizaram a internet para assistir a vídeos, inclusive
programas, séries e filmes (88,4%). Já o envio e o recebimento de e-mail vêm se
reduzindo a cada ano, chegando a 61,5% em 2019.
A
pesquisa mostrou ainda que 4,7% dos domicílios particulares permanentes do país
em 2019 ou 3,4 milhões, não tinham telefone fixo ou móvel. O resultado
representa um recuo de 0,4 ponto percentual em relação a 2018. A ausência de
telefone manteve-se mais elevada nos domicílios nas regiões Nordeste (9,0%) e
Norte (8,8%). Nas demais não ultrapassou 3,0%. Os domicílios com telefone fixo
convencional eram 24,4% do total do país, em 2019, o que significa queda em relação
ao de 2018, quando o percentual alcançou 28,4%.
Em
movimento contrário, a parcela dos domicílios com telefone móvel celular subiu
de 93,2% para 94,0% na passagem de 2018 para 2019. Os da área rural
apresentaram percentual menor, na comparação com os da área urbana, tanto de
telefone móvel celular (83,6% frente a 95,5%) quanto de telefone fixo
convencional (6,0% frente a 27,2%).
De
acordo com a pesquisa, a proporção de domicílios com telefone móvel celular
variava de 90,5% no Nordeste a 97,1% no Centro-Oeste. O Sudeste foi a região
que registrou o maior percentual de domicílios com telefone fixo convencional
(35,6%), contra apenas 8,0% no Norte e 9,3% no Nordeste. (ABr)
Quarta-feira,14
de abril, 2021 ás 18:15