Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

Seja nosso seguidor

Seguidores

14 julho, 2017

EX-PRESIDENTE DO PERU E MULHER SÃO PRESOS POR CORRUPÇÃO NO CASO ODEBRECHT




O juiz peruano Richard Concepción Carhuancho ordenou a prisão do ex-presidente Ollanta Humala e sua esposa, Nadine Heredia, que são acusados de conspiração e lavagem de dinheiro relacionados ao caso Odebrecht.

A ordem, que autoriza 18 meses de detenção para Humala e sua esposa, veio após procuradores argumentarem que o casal pode fugir do Peru para despistar a Justiça.

O mesmo juiz já havia ordenado a prisão de um outro ex-presidente peruano, Alejandro Toledo, por acusações relacionadas. Toledo está nos Estados Unidos lutando contra pedidos de deportação por autoridades do Peru, que exigem que ele responda às acusações.

O procurador Germán Juárez acusou o casal Humala e Heredina de lavar dinheiro nas campanhas presidenciais de 2006 e 2011. Ele explicou que ambos receberam recursos públicos da Venezuela para a campanha de 2006, quando Humala saiu derrotado nas eleições. Em 2011, quando Humala foi eleito, a Odebrecht e a OAS contribuíram com dinheiro que seria destinado a corromper funcionários e obter licitações, segundo o procurador.

O empresário Marcelo Odebrecht declarou em abril que havia entregado US$ 3 milhões à campanha de Humala, que negou insistentemente as acusações.

Autoridades de toda a América Latina têm se movido para cobrar políticos acusados de receber cerca de US$ 800 milhões em propinas da Odebrecht. A construtora reconheceu o pagamento de suborno em um acordo firmado com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos em dezembro.

Apenas no Peru foram pagos US$ 29 milhões por obras construídas durante os governos Toledo, Humala e do ex-presidente Alan Garcia. (AE)

Sexta-feira, 14 de julho, 2017 ás 11hs00

13 julho, 2017

CONDENAÇÃO DE LULA DEIXA ALIADOS DE TEMER ALIVIADOS




Aliados do presidente Michel Temer avaliaram que a decisão do juiz Sergio Moro de condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ser positiva para o governo já que tiraria o Palácio do Planalto do foco da crise política. A posição, no entanto, enfrenta divergência dentro do governo. Parte dos auxiliares vê com cautela a sentença.

Para alguns interlocutores de Temer, com Lula no foco do noticiário político, a oposição concentrará esforços na defesa do petista e as críticas ao presidente perderiam fôlego. Por outro lado, um auxiliar reconhece que a decisão mostra que há mudança de paradigma, apontando que políticos estão cada vez mais sujeitos a condenações.

A preocupação do Planalto envolve, além de Temer, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), alvos da Operação Lava Jato no âmbito do Supremo Tribunal Federal. Há ainda a avaliação de que é preciso cautela ao se posicionar a favor ou contra da decisão já que políticos estão em disputa com o Ministério Público Federal. Após ser denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Temer tem feito acusações de abuso por parte do MPF.

Oficialmente, o Planalto não comentou a decisão de Moro.

Congresso

Vice-líder do PSDB na Câmara, o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) disse que a condenação é um "ganho institucional e democrático". "O principal ganho é que mostra que ninguém está acima da lei", afirmou.

Já aliados de Lula acreditam que a condenação vai ser revertida em segunda instância por falta de provas. Petistas dizem que o futuro do processo vai ter o mesmo destino do ex-tesoureiro João Vaccari, que foi absolvido no mês passado pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região. "A condenação é política e não jurídica", disse o deputado Henrique Fontana (PT-RS).

"É subestimar a inteligência do povo achar que essa condenação aconteceu por acaso neste momento", disse a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), fazendo referência à articulação do governo para garantir maioria na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, que discute a admissibilidade ou não da denúncia contra Temer.

Aliado de governos petistas, mas apontado como um dos responsáveis pelo impeachment de Dilma Rousseff, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) saiu em defesa de Lula no plenário. Sem citar o petista, criticou o que chamou de "condenação sem provas".

A defesa de Lula por Renan ocorre após o peemedebista adotar uma postura crítica ao governo Temer, principalmente em relação às reformas. A reaproximação com o petista, porém, tem cálculo político - a preocupação com a reeleição ao Senado. (AE)

Quinta-feira, 13 de julho, 2017 ás 10hs00