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02 janeiro, 2022

MORO TEM OBRIGAÇÃO DE REVELAR AS “COISAS ERRADAS” QUE BOLSONARO TENTOU EXIGIR QUE FIZESSE

 

Sergio Fernando Moro (Podemos - 19)

Como era de se esperar, o ex-juiz Sérgio Moro, pré-candidato à Presidência da República pelo partido podemos-19, tem sido vítima das mais disparatadas “fake news”, para destruir sua imagem pessoal. A criatividade é tamanha que já inventaram que Moro atuaria no Brasil como espião da agência de inteligência americana CIA, vejam a que ponto chegamos.

 

O objetivo dessas “fake news” é evitar que o pré- candidato continue conquistando votos de quem não admite votar num desqualificado como o ex-presidente petista Lula da Silva, que chefiou o maior esquema de corrupção já visto no mundo, nem reeleger um presidente irracional, debochado e volúvel como Jair Bolsonaro, que já trocou de partido nove vezes e hoje está no PL de Valdemar Costa Neto, considerado um dos ícones da corrupção à brasileira

 

Na última semana do ano, ao sair em defesa de um aliado, o senador Alvaro Dias (Podemos-PR), alvo de “fake news” envolvendo o doleiro Alberto Youssef, investigado na Lava Jato, o ex-juiz Moro acabou fazendo uma denúncia gravíssima contra o presidente Bolsonaro, que precisa ser melhor detalhada.

 

Em entrevista à rádio Capital, de Mato Grosso, Moro explicou que a denúncia da doação que teria feita à campanha de Alvaro Dias era coisa antiga, de 1998, investigada e arquivada pelo Ministério Público, e na época nem se sabia quem era Youssef, que tinha duas empresas e somente anos depois é que se descobriu que atuava também como doleiro.

 

Em seguida, o ex-juiz Moro Moro afirmou à rádio que essas informações estão aparecendo porque “não se tem o que falar” sobre o seu trabalho no combate à corrupção e na liderança da Operação Lava Jato.

 

“Agora, me acusam de ajudar o doleiro Youssef. A verdade é uma só: eu mandei prender Youssef”, ironizou, dizendo que prendeu duas vezes o doleiro. “Se eu não tivesse feito isso, ele nunca teria respondido pelos seus crimes”, lembrando que em 2015 condenou o doleiro a cinco anos de prisão por lavagem de R$ 1,16 milhão do mensalão no governo Lula.

 

A grande surpresa surgiu no seguimento da entrevista à emissora de Mato Grosso, quando Moro voltou a citar o tempo em que chefiou o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro. Ao comentar sobre seu desembarque do governo, o ex-juiz afirmou que logo no início do mandato, passou a não ter mais o apoio do presidente da República e chegou a sofrer até sabotagem, revelando que o chefe do governo queria que ele fizesse “coisa errada”.

 

“Quando chegou o momento que era me dada a escolha ‘ou você fica como cúmplice de coisa errada […] ou você sai’, eu preferi sair”, disse.

 

Moro não esclareceu a “sabotagem” sofrida, mas presume-se que se trate da falta de apoio do presidente ao chamado Pacote contra o Crime, que encaminhou ao Congresso quando era ministro, nem esclareceu quais seriam os pedidos do presidente para que fizesse “coisa errada”.

 

O mais provável é que Moro esteja se referindo ao fato de que o presidente pretender impedir que seus filhos fossem investigados, porque, na sequência da entrevista, fez a seguinte observação:

 

“O próprio presidente reclamou esses dias dizendo que eu não protegia a família dele da Polícia Federal, da Receita Federal, o que é um absurdo. Ninguém tem que ser protegido de nada. Se alguém cometeu coisa errada, tem que ser investigado e a pessoa tem que ser responsabilizada”, assinalou.

 

Bem, devido à gravidade do assunto, esse tipo de acusação não pode ficar no vazio. De toda forma, o ex-juiz tem obrigação de esclarecer a que está se referindo, especificamente, quando diz que o presidente tentou exigir que fizesse “coisa errada”.

*Tribuna da internet

Domingo, 02 de janeiro 2022 às 13:47


 

29 dezembro, 2021

ELOGIOS DE HANG E JANAINA PASCHOAL A MORO IRRITAM BOLSONARISTAS

Deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP)
 

A artilharia disparada entre Jair Bolsonaro (PL) e seu ex-ministro Sergio Moro (Podemos) não foi capaz de tirar algumas figuras relevantes da direita do meio do campo. No último mês, quando se consolidou a pré-candidatura do ex-juiz ao Planalto, o empresário Luciano Hang e a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) despertaram irritação na base do presidente ao elogiarem Moro.

 

Janaina afirmou nesta terça-feira em seu Twitter confiar na “correção de Sergio Moro” e que “ninguém pode desmerecer o serviço que ele prestou à nação”. Moro foi juiz dos processos da Operação Lava-Jato entre 2014 e 2018, quando deixou a magistratura para ser ministro de Bolsonaro. Naquele ano, determinou a prisão do ex-presidente Lula, que aparecia em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais para a sucessão de Michel Temer (MDB).

 

Uma das responsáveis pelo pedido de impeachment que derrubou Dilma Rousseff (PT) da Presidência em 2016, Janaina afirmou que Moro está sendo perseguido e que ela não pode "compactuar com injustiças". Em seguida, escreveu, em tom de alerta, que "bater muito em Moro viabiliza (a candidatura de João) Doria".

 

A série de tuítes provocou irritação nos seguidores da deputada que preferiam vê-la exclusivamente no palanque de Bolsonaro. Ela esteva, inclusive, na bolsa de apostas para vice do atual presidente em 2018. Apesar de se posicionar na Assembleia Legislativa de São Paulo de forma independente em relação ao governo federal, o que em outros casos é considerado por parte da militância postura imperdoável, a deputada tem conseguido se equilibrar entre o "morde e assopra", com críticas e defesas ao governo Bolsonaro.

 

O nome de Janaina é ventilado para uma possível candidatura ao Senado pelo PL, atual partido de Bolsonaro, o que abriria palanque ao presidente em São Paulo, estado onde ele enfrenta problemas para viabilizar candidatos bolsonaristas competitivos. O presidente vem defendendo o nome de Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutura, para disputar a eleição ao Palácio dos Bandeirantes, mas Tarcísio sofre com o desconhecimento por parte do eleitorado paulista.

 

Outro que despertou a ira de seus seguidores ao acenar a Moro foi o empresário Luciano Hang. O dono das Lojas Havan compartilhou em 16 de dezembro um vídeo em que Moro rebate declarações feitas por Lula segundo as quais a Lava-Jato “quebrou a Petrobras”.

 

“A lava-Jato mostrou a corrupção instalada nas empresas públicas, durante o governo do PT. Parabéns Moro (@SF_Moro) por se posicionar contra as mentiras faladas pelo Lula”, publicou Hang.

 

Fervoroso apoiador de Bolsonaro, o empresário foi atacado por bolsonaristas que julgaram a publicação como traição. "Ou você é bolsonarista ou é morista. Os dois não dá", comentou uma seguidora. O tuíte atraiu 4,5 mil comentários, predominantemente em tom de crítica, mas Hang manteve a publicação no ar.

 

A mensagem de apoio a Moro chamou a atenção por conta do grau de alinhamento de Hang ao presidente. Após a eleição em 2018, ele passou a se vestir com as cores da bandeira do Brasil em apoio a Bolsonaro, e é figurinha carimbada em agendas presidenciais.

 

A relação entre Hang e a família Bolsonaro é estreita. O catarinense é acusado pela CPI da Covid, por exemplo, de financiar um blogueiro envolvido com disseminação de fake news, Allan dos Santos, com ajuda do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Durante seu depoimento à comissão no Senado, em setembro, Hang teve a audiência e o apoio do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do presidente.

 

O projeto eleitoral de Moro, impulsionado com sua filiação ao Podemos, no mês passado, conseguiu atrair outras figuras que antes estavam com Bolsonaro, como o roqueiro Nando Moura, o ex-deputado federal Xico Graziano, o ex-chefe da Secretaria do Governo general Santos Cruz e lideranças do Movimento Brasil Livre (MBL) — todos rompidos com o presidente ao longo dos últimos três anos de governo.

*Agência O Globo

Quarta-feira, 29 de dezembro 2021 às 12:27

28 dezembro, 2021

MINISTRO DO TCU MANDA CONSULTORIA ENTREGAR DOCUMENTOS SOBRE HONORÁRIOS DE MORO

O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, determinou que a consultoria americana Alvarez & Marsal apresente os documentos ligados à saída do ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) da empresa em outubro, quando o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública se lançou na política. O ministro quer informações sobre os valores pagos ao presidenciável, incluindo as datas das transações.

 

O despacho foi assinado no último dia 17, e ainda pede que a empresa, “a título colaborativo” informe o número de processos de recuperação em que atuou como administradora judicial desde 2013, detalhando quais empresas estavam em processo de recuperação, perante a quais varas da Justiça, além dos valores de honorários arbitrados pelos respectivos juízos.

 

Dantas acolheu pedido do subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, que quer apurar possíveis “prejuízos aos cofres públicos pelas operações supostamente ilegais dos membros da Lava Jato de Curitiba e do ex-juiz Sérgio Moro, afetando a empresa Odebrecht mediante práticas ilegítimas de revolving door” – movimentação em que políticos ou servidores se tornam lobistas ou consultores na área em que atuavam -, e lawfare, “conduzido contra pessoas investigadas nas operações” da força-tarefa.

 

Em ofício encaminhado ao gabinete do ministro do TCU no último dia 10, Furtado diz que “se avaliam questões relativas a possíveis conflitos de interesse, favorecimentos, manipulação e troca de favores entre agentes públicos e organizações privadas”.

 

Moro foi contratado pela Alvarez & Marsal após pedir demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) acusando o presidente da República, Jair Bolsonaro, de suposta tentativa de interferência política na Polícia Federal – tema de inquérito que tramita junto ao Supremo Tribunal Federal.

 

O ex-aliado do chefe do Executivo, que deixou a magistratura para comandar o MJSP, se mudou para os Estados Unidos para área de ‘Disputas e Investigações’ da consultoria americana.

 

A A&M fornece serviços de consultoria, aprimoramento de desempenho de negócios e gestão de recuperação e atua, por exemplo, no processo de recuperação da Odebrecht – empreiteira que celebrou acordo de leniência com a Lava Jato e viu 77 de seus executivos fecharem delações premiadas, inclusive o patriarca Emílio Odebrecht e seu filho Marcelo Odebrecht, que foi condenado por Moro em diferentes ações penais.

 

Em seu perfil no Twitter, o ex-juiz da Lava Jato afirmou que “deixou o serviço público e trabalhou honestamente no setor privado para sustentar minha família”. “Nunca paguei ou recebi propina, fiz rachadinha ou comprei mansões”, escreveu. “Não enriqueci no setor público e nem no privado. Não atuei em casos de conflito de interesses. Repudio as insinuações levianas do Procurador do TCU a meu respeito e lamento que o órgão seja utilizado dessa forma”, completou ainda o ex-juiz.

*Estadão Conteúdo

Terça-feira, 28 de dezembro 2021 às 17:23